Capítulo 43| Familia

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Essa semana que eu passei na casa dos Garcias eu notei algumas coisas por ser bastante observador

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Essa semana que eu passei na casa dos Garcias eu notei algumas coisas por ser bastante observador. Minha mãe é a que manda. Meu pai é completamente apaixonado por ela, do nível mataria por ela, nem duvido se já não matou, a final ele é como eu.

Meus irmãos eu separei em ordem. A Lua é a minha favorita, ela é a divertida e fala tudo que vem na boca, a namorada dela é mais quieta. Matteo é um pouco mandão e meio rabugento, mas já fizemos amizade. Celine para pouco em casa por conta da faculdade, mas já somos amigos também.

América e Castiel falaram que daqui a pouco vou conhecer uns amigos da família, uma tal de Victoria e Max e mais uns ai, que ficaram junto com eles no reformatório que eles se conheceram.

Lua me contou ontem que ultimamente anda tendo umas crises de ansiedade e isso está me preocupando. Contei aos meus pais algo que imaginei que eles suportariam, mas na verdade todos foram muito compreensíveis. Eu matei uma pessoa, isso foi ano passado, eu vou resumir pra vocês.

Ano passado eu mal tinha feio 16 anos e cheguei em casa, eu era filho único e peguei a minha mãe enforcada na sala por algum motivo que até hoje não sei. Ela era linda, parecia um anjo. Meu pai chegou em casa bêbado como sempre e me espancou tanto que eu achei que ia morrer.

Os dias se passaram e ele só piorava. Um dia ele me bateu e eu desmaiei, quando eu acordei eu estava cheio do sangue em volta. Minha bunda doía, ele tinha me estuprado. Eu pensei em me matar diversas vezes, me culpei e acho que foi o dia que eu mais chorei em toda a minha vida. No dia seguinte eu acordei e me sentia... diferente, como se algo dentro de mim tivesse morrido, eu tomei um banho rápido e me vesti normalmente, fui até a sala e vi o meu "pai" dormindo no sofá. Ele estava podre de bêbado e eu só pensei em uma coisa.

Fui até a cozinha e peguei uma faca de cortar carne, comecei a barriga e só parei quando já tinha ultrapassado o coração. Toquei de roupa e fui pra escola.

Quando cheguei em casa aquele cheiro estava em todo o lugar, e o sangue não parava de escorrer. Liguei pra polícia e me entreguei, era pra eu ter ido pra um tipo de reformatório ou prisão, mas aí fizeram o exame de delito e provaram que foi legítima defesa. Como eu não tinha ninguém próximo fui pra aquele orfanato, lá era legal, ninguém mexia comigo porque acham que eu era maluco. Me metia em várias brigas e me apaixonei pela garota mais linda que eu já vi.

Prometi pra ela que eu ia voltar, e eu vou voltar.

Vim pra cá conheci a América e o Castiel, já contei tudo isso pra eles, me apoiaram e disseram que se eu não estiver a vontade com o Castiel por perto eles podem dar um jeito.

Mas o Castiel não é o cara que fez isso comigo, e eu não tenho mais esse trauma, pelo mais incrível que pareça.

Chego em casa depois do meu primeiro dia de aula, a Lua voltou antes pois não tava se sentindo bem, Matteo me trouxe, ele é legal ficamos o caminho inteiro falando dos Lakers e fico feliz que ele entenda de basquete.

O primeiro dia foi normal, garotas se oferecendo, putas. Garotos querendo fazer amizade e blá, blá, blá...

Subo as escadas e vejo sangue saindo por de baixo da porta da Lua. Corro até lá e abro a porta. Vejo a Lua jogada no chão com os pulsos cortados e MUITO sangue em volta.

Grito pro Matteo chamar a ambulância e ele não pensa duas vezes, Lua é mais que uma irmã pra mim.

Depois que todos já estamos no hospital, estamos todos sérios sem dizer uma única palavra.

-Senhora Garcia.-Diz o médico ao chegar a sala de espera.-A senhorita Lua García já acordou, pode ir falar com ela. Você e a família e claro.

Todos nós levantamos e o médico nos olha com os olhos arregalados por ver tanta gente, e no fim a Alissa não pode entrar.

-Lua...-Sua digo mais triste do que mesmo brabo, eu entendo ela estar mal e depressiva, mas porra, ela realmente ia se matar.

Lua-Eu estou bem.

Anne-Que merda passou pela tua cabeça?

Lua revira os olhos e escuto o Castiel bufar.

Cass-Lua, deveria ter vindo conversar com a gente, te chamamos, conversamos, te pedimos se queria ajuda, sua mãe já passou por isso. E mesmo assim tu fez uma coisa dessas?

Lua-Pai...eu...eu...sinto muito.

Castiel não diz nada, apenas se senta e fica olhando pro nada.

América-Minha filha, podemos te levar em um psiquiatra, ou psicóloga, ou fazer algum tipo de tratamento...

Lua apenas concordou com a cabeça e fez sinal pra eu deitar com ela.

Eu me ajeitei e ela deitou em meu peito.

Matteo-Mas que porra lua, tu não tem noção merda? Tu ia se matar caralho.

-Matteo, não grita com ela. -Eu disse levemente alterado e ele só saiu do quarto.

Celine-Mana, você não podia ter feito isso com a gente. Tem noção do quanto ficamos preocupados?

Lua-Deixa de ser egoísta Celine, tu só pensa em ti? E eu? E a porra da minha depressão? Nisso tu não pensa? -Eu faço cafuné na cabeça da Lua, não e bom ela se estressar em um momento desses, ela perdeu muito sangue. Eu fico feliz que ela esteja bem, mas temos que tomar cuidado. -Obrigada. -Ela sussurra pra mim e eu faço cara de quem não entendeu. -Por ser o único que não brigou comigo. -Eu concordo com a cabeça e ele deita em meu peito, alguns minutos se passa e vejo que ela dormiu, a respiração está mais leve.

América-Vamos pra casa?

Celine-Amanhã a gente volta.

-Vou passar essa noite com ela.

Castiel-Tudo bem, cuide dela.

Eles vão embora e não demora muito, eu durmo também.

Natan:

Natan:

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