Chuva de meteoros

Capítulo 22

ANNE

Dentro do carro do Yoongi prosseguimos o caminho até minha casa falando poucas coisas. Depois do "quase beijo" lá no bar, ficamos muito sem graça um com o outro.

— A Bia está muito bêbada né? — Yoongi pergunta sem tirar os olhos da pista.

— Sim, se eu soubesse que ela é tão fraca assim com o álcool não teria chamado ela pra beber e sim para irmos à outro lugar. —Falo olhando o mesmo.

— A Bia é muito certinha com as coisas, tem um nome a zelar pois tem muitos fãs por aí. É por isso que ela não é de sair e ainda mais beber desse jeito. Deve estar acontecendo alguma coisa que a incomoda pra ter chegado à esse ponto. — Ele fala com muita certeza.

— Os fãs meu Deus, se aquelas pessoas postarem os vídeos e com certeza vão postar, a Bia vai se sentir horrível depois. — Falo me lembrando dos vídeos e fico preocupada com a situação.

— Puta merda!! Não estava me lembrando disso, vai dar uma confusão lá na empresa. — Exclama com os olhos arregalados.

— Não vai ser a primeira e nem a última pessoa a ficar bebada e vazar para as redes sociais. — Falo e solto uma risada.

— Você não conhece a Bia, ela é impecável. Seu nome nunca foi pra mídia a não ser por coisas boas, ela realmente vai ficar muito mal com isso. — Fala preocupado real com ela.

— Vamos dar um jeito. — Bati em seu ombro, o mesmo apenas me deu uma olhada de relance e voltamos a ficar em silêncio.

Alguns minutos depois, entramos no quarteirão de minha casa.

— Pode me deixar aqui, eu vou caminhando agora. — Falo olhando o mesmo.

— Vou te deixar na porta de sua casa, não deixarei caminhar até lá sozinha. Nem que eu saia e vou caminhando com você. — Ele para o carro no acostamento.

— Você é teimoso igual seu irmão em. — Falo balançando a cabeça em negação e sorrindo.

— Temos o mesmo sangue. — Sorriu nasal.

Deu partida no carro e prosseguimos até minha casa. Ele para na porta da mesma, desliga o carro e nem se quer olha pro meu lado.

— Bom, chegamos. Obrigada pela carona. — Falo abrindo a porta do carro.

— Anne, espere. — Ele fala nervoso.

— Hum? — Olho para ele.

— Sobre mais cedo... — Ele se refere ao quase beijo. — Bom, foi no calor do momento, a música, minha carência. Espero que me perdoe. — Indaga ele com a voz embargada.

— Ah sobre isso, está tudo bem. Não aconteceu nada, não tenho o que te perdoar. — Falo envergonhada saindo do carro.

— Acontece que ia acontecer se você não tivesse se afastado! — Ouço sua voz rouca um pouco trêmula.

— Yoongi, não precisamos falar sobre isso. Até porque estou com seu irmão e acho que seria uma puta sacanagem fazer isso com ele. Bom, já está bem tarde eu vou entrar, volte com cuidado. — Viro as costas e adentro minha porta.