Capítulo 42

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Yuna

Anos e anos sem respirar ar puro, não sei mais o quê fazer para me distrair e esquecer que estou presa e provavelmente nunca mais vou sair daqui. Daqui alguns dias é meu julgamento final, o que vai decidir a minha vida e confesso que estou com medo do veredito.

Nesses longos três anos que estive aqui, Aline e Lana vieram me visitar. E sempre elas dizem que vão me tirar daqui nem que seja atravéz de fuga. Não estou muito afim de arriscar , talvez com bom comportamento, posso algum dia pedir liberdade condicional e se eu fugir e for pega, posso desistir.

— Yuna, visita.  — Disse um carcereiro.

Me levantei , coloquei meu livro em cima de minha cama e fui a caminho da sala de visitas, era Aline.

— Você por aqui de novo. O que manda dessa vez ? — Pergunto.

— Namjoon vai se casar com a Beatriz daqui duas semanas.  — Fala direta.

— O QUÊ? — Bato as mãos na mesa chamando atenção de todos que estavam ao redor.

— Isso mesmo que você ouviu. Junto com eles, se casam também Yoongi e a sonsa da Anne. Precisamos fazer alguma coisa.  — Fala Aline nervosa.

— Quando vai ser a fuga? — Pergunto interessada.

— Decidiu que vai fugir? Vou contatar a Lana e vamos descobrir o dia exato de sua audiência. Não podemos errar em nada, tem que ser tudo perfeito.  — Aline fala atenta.

— Ok. Vai me avisando de tudo.  — Me levanto e volto pra cela.

****

Dia do julgamento

Tudo organizado para que eu pudesse ser julgada, o meu último julgamento. Aquele quem ditará se pegarei prisão perpétua ou se conseguirei algum dia minha liberdade condicional. 

Me vestiram com um macacão laranja, meus cabelos estavam presos de rabo de cavalo, minhas olheiras estão gritando. Quem me conhece sabe que isso é uma tortura pra mim, uma mulher de classe alta , sendo tratada como uma mendiga. Isso sim, é uma grande tortura.

Me levaram para um camburão, estava só atrás , na frente tinha o policial que dirigia e o companheiro ao lado no banco do carona. Alguns quilômetros antes do local da audiência, um pequeno acidente acontece , uma colisão entre um caminho e o carro da polícia. O policial que dirigia, está inconsciente, seu parceiro ainda acordado sangrando a cabeça.

Tirou o sinto e conseguiu abrir a porta e sair do carro. Mas é golpeado fortemente na cabeça por alguém, logo a porta é aberta e pude ver claramente a silhueta de Lana.

— Qual é puta, vai ficar aí parada ? — A mesma com um sorriso de vitória pergunta.

— Estou algemada, não está vendo ? — Mostro as mãos.

Aline aparece com as chaves da algema na mão , logo destrava e posso sair do carro. Rapidamente, entramos no carro que ambas estavamos e fugimos o mais rápido possível, já que possivelmente alguém iria sentir falta, e ia vir atrás.

Algumas semanas depois, o casamento chega. Estava tão ansiosa que mal conseguia comer , quem dirá dormir.

— Hoje é o grande dia, Aline se o plano A não der certo, eu tenho um plano B. — Falo sorrindo de canto.

Chuva de meteoros Onde histórias criam vida. Descubra agora