Prezados leitores, estive afastada por motivos de trabalho além do meu horário, estudo e serviços de casa, e lamento pela atualização tão tardia do capítulo.
Ficarei de férias em torno de 22 de dezembro, e vou me dedicar mais a OCDC, para continuar e concluir o livro, que será o último da saga. Ainda há capítulos pela frente, mas estamos na reta final.
Um grande abraço!
Capítulo 31: A rainha plebeia
Antes que Rafael pudesse chegar perto da cela de Vicente, o grito que o prisioneiro deu já alertava os corredores que havia uma tortura em prosseguimento. Aquilo era um mau sinal.
Com cuidado, o guarda chegou mais perto, até ficar diante da grade aberta. E lá estava Edgar, ferindo os nós dos dedos contra Vicente.
Rafael pressionou os lábios um contra o outro, enquanto Vicente o alertava com o olhar para que ficasse quieto. Ele anunciou sua chegada, como se fosse conivente com aquela situação:
- Já estou aqui com as ataduras e unguentos, regente Stone. Leve o tempo que precisar.
Vicente virou o rosto, com os lábios feridos, evitando contato visual com o guarda que era seu companheiro. Tinha muito receio de que Edgar percebesse que Rafael era seu aliado. Os dois estariam perdidos.
Em pé, diante de um Vicente amarrado como se estivesse num abatedouro, Edgar permaneceu de costas para Rafael, e apenas virou a cabeça sobre os ombros para poder olhar para trás, bem de relance.
- Rafael!
- Sim, regente Ston.
- Por que não me avisou que esse traidor já estava curado?
- Mas ele não estava, senhor.
- Estava o suficiente. Tive que ouvir pela criada, já que você não me informou.
- Pela criada?
Rafael apertou ambas as mãos em punho. Aquela mulher desprezível havia incitado o regente para que Vicente apanhasse e ela conseguisse os tecidos que viessem a cobrir suas feridas.
Edgar, alheio aos pensamentos de ambos, prosseguiu:
- Ela quer ser responsável pelos cuidados do prisioneiro de acordo com os meus interesses. Uma proposta intrigante. Eu teria negado imediatamente, se não tivesse encontrado Vicente bem alimentado e tratado. – O regente inclinou a cabeça mais uma vez para Rafael. - Agora estou receoso quanto a sua fidelidade.
- Deveria estar receoso quanto a fidelidade dela. O que uma criada vai querer para se enfurnar nessas celas, e ainda pedir para ser responsável por um prisioneiro? Uma mulher minimamente ajuizada não andaria por aqui por vontade própria, sozinha, sem medo dos criminosos. E se ela for aliada do traidor e estiverem te manipulando para que ela o ajude?
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O Conto dos Contos 3 - A disputa pelo final feliz
FantasyAssim que Aurora, a grande guardiã, fechou seus olhos, quem pareceu viver um sonho foi Malévola, a mais terrível dentre as terríveis. A rainha das trevas finalmente iniciou sua guerra, mas nem tudo sairá como o planejado. Ela terá que lidar com um v...