Vicky
Vicky: Oh, estás a gozar com a minha cara.
Fabiana: Bom dia! Posso entrar?
Vicky: Não! (?)
Fabiana: Vim em paz.
Vicky: Paz? Por favor. O que é que tu queres?
Fabiana: Vim dar os parabéns à Sofia, ora!
Vicky: Oh Fabiana, não me chateies! -Fechei a porta. Ela impediu-me.Sofia
Levantei-me, vesti uma camisola de alças branca e uns calções de andar por casa cor de vinho. Não tensionava vestir-me logo. A Vicky não estava no quarto e mal saí do mesmo deparei-me com a porta que dá para a sala fechada. Abri-a e vi a Fabiana à porta com a Victória à frente dela.
Sofia: Fabiana?
Fabiana: Gostaste do que aconteceu no Bairro Alto?
Nesse preciso momento, a Vicky puxa o braço atrás e prepara-se para lhe dar um murro. A minha primeira reação foi agarrar-lhe o braço e puxa-la para dentro de casa. Estava furiosa, tinha as veias salientes a quererem sair da pele por todo o lado e a cara super vermelha.
Agora percebo.
Fechei a Victória na sala e fui ter com a Fabiana.
Sofia: Experimenta fazer-lhe mais alguma coisa. Experimenta só, Fabiana.
Fabiana: Eu não confessei nada! -Disse, com um sorriso cínico.
Sofia: Nem precisas!
Fabiana: Vim dar-te os parabéns, bebé.
Sofia: É preciso ter lata!
Fabiana: Quero que saibas que estou sempre de olho em ti. Sempre. 24 horas por dia... -Olhou para mim, sempre com um sorriso na cara. Parecia satisfeita com o que dizia! -E a tua amiga. -Aproximou-se. -Não é mais forte que eu. -Virou-me as costas e começou a andar. -Ah! Diz-lhe para ter cuidado. Lisboa anda perigosa! Especialmente para os turistas.
Fechei-lhe a porta na cara.Sofia: Vicky? -Abri a porta da sala. -Vicky, tem calma. -Fui ter com ela ao parapeito da janela.
Vicky: Foi ela.
Sofia: Eu sei. -Abracei-a. -Como é que não me lembrei?
Vicky: Olha, o teu dia não vai ser estragado. -Colocou as mãos no meu rosto e sorriu.
Sofia: Está tudo bem, só não te quero perturbada.
Vicky: Não estou perturbada. Não tenho medo.
Sofia: Essa é a minha menina!
Vicky: Falando noutro assunto... Parabéns, meu amor!
Sofia: Obrigada! E fizeste um bolo!
Vicky: Fiz de madrugada!
Sofia: Então eu não sonhei, estavas mesmo de avental!
Vicky: Estava... Mas estavas a dormir tão bem que não queria que acordasses. Só te levei para o quarto porque estavas toda torta no sofá.
Sofia: Ficas bem de avental. Ainda por cima sem roupa... Devias andar assim todos os dias!
Vicky: Posso andar hoje, mas só porque fazes anos... -Sorriu, maliciosa.
Rita: CHEGUEI! PARABÉNS, PARABÉNS!
Pronto! Lá se vai o avental!
Rita: E TROUXE OS TEUS PAÍS!
Os meus pais?
Pai: Parabéns, meu passarinho! -Abraçou-me, enquanto a minha mãe cumprimentava a Victória.
Sofia: Obrigada, pai!
Nota-se logo quando cá está a minha família. O ambiente fica mais alegre e todos interagem uns com os outros.
Mãe: Trouxemos bolinhos, mas já estou a ver que já cá há um! Parabéns, meu amor. Dezassete aninhos, nem acredito. Estás uma mulher mas vais continuar sempre a ser o meu bebé! -Vi a Vicky a rir-se do que a minha mãe tinha dito e a dizer baixinho: "E o meu também!".
Sofia: Já sei que não consigo fazer com que pares de me chamar isso! Mas tenta, mãe, tenta. -Abracei-a.
Pai: Então rapariga, estás boa? -Deu uma palmada nas costas à Victória.
Vicky: Está tudo bem, senhor Fernando. E consigo?
Pai: Trata me por "tu"! E só por Fernando. Ou Nando, Nandinho, Régua, o que vocês quiserem. Estás a gostar de estar cá?
Vicky: Muito. Adoro Lisboa. Tenho saudades de Itália e, claro, dos meus pais, mas a Sofia e a Rita têm me ajudado bastante.
Vicky
Pai: Estou a ver que gostas muito dela. E ela de ti. Fico feliz. -Piscou-me o olho.
O que foi isto? Será que ele sabe?
Mãe: Querida, gostamos muito de ti e muito de te ter por cá.
Vicky: Obrigada, Sara. Também gosto muito de vocês. Estão a ser muito importantes.
Mãe: Sempre que precisares de desabafar, ou outra coisa qualquer, podes contar connosco. -Abraçou-me.
Ela faz-me lembrar a minha mãe. E o Fernando faz-me lembrar o meu pai.
Estou ansiosa que cheguem a Portugal!Francisca: Olá, Vivi.
Vicky: Olá, pequenina.
Francisca: Fui eu que fiz. -Deu-me um envelope. Era uma folha com a família toda desenhada, e incluía-me a mim. Fiquei emocionada e vieram-me lágrimas aos olhos. Peguei nela ao colo e agradeci-lhe com um beijinho na bochecha.Sofia
Não pensei que os meus pais viessem cá a casa. Começou a chegar cada vez mais gente. O próximo a chegar foi o Filipe, que trazia na mão embrulho enorme.
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Fica Comigo (Lésbicas/Gay) PT
RandomVictória é uma rapariga de 17 anos com uma árvore genealógica muito obscura. Nasceu e viveu em Itália grande parte da sua vida mas, forçosamente, teve que ir para Portugal. Com o passar do tempo, conhece Sofia, uma rapariga Lisboeta uns meses mais...