Sofia
Sofia: O que é que tu queres fazer comigo?... -Perguntei, louca e desesperadamente.
Vicky: Eu...? - Esboçou um sorriso doce e malicioso que me pôs fora de mim, desenhando, por cima da camisola, uma linha vertical invisível desde o meu peito até à minha barriga.
Sofia: Diz-me...
Vicky: Queres que diga ou que faça? -Sussurrou ao meu ouvido, seguido de uma mordida na orelha que me fez contorcer.
Momentaneamente, senti um aliviar de pressão ao redor dos meus pulsos e aproveitei para a puxar pela gola da camisola, fazendo-a ficar de frente para mim. Ela soltou um riso malandro e abriu e fechou os lábios lentamente roçando-os nos meus, na tentativa de me provocar. E resultou. Cedi e beijei intensamente os seus lábios suaves, inspirando profunda e ofegantemente. Os lábios dela estavam gelados, assim como os meus, por isso, percebi o que ela sentia. Senti-me perdida ali no meio. Era como se estivesse num parque de diversões.
Agarrei-a pela cintura e empurrei-a para a frente, fazendo-a ficar deitada. Repeti todo o processo que ela havia feito comigo: abri as pernas, sentei-me em cima do seu abdomen e observei-a. A mão direita dela veio, vagarosamente, tocar na minha barriga e fazer movimentos cíclicos de vai-vem de baixa intensidade.
Sofia: Gostas deles, é? -Levantei a camisola e puxei a sua mão para tocar nos meus abdominais.
Vicky: Tu gostas de provocar...
Sofia: Achas que estou a provocar?... -Coloquei os meus cabelos para apenas um lado do pescoço, caídos no meu ombro esquerdo e desci para a beijar.
Ela respondia ininterruptamente e percorria as minhas costas com as mãos por baixo da camisola. Não havia calma naquele momento. Beijavamo-nos apressadamente.
Ofegante, virou a cabeça para o lado direito e, com a mão esquerda, agarrou os meus cabelos e puxou, com eles, o meu pescoço para a sua boca. A loura passou lentamente a ponta da língua pelo meu queixo e desceu, dando pequenos beijos e mordidas.
Vicky
Para ficar por cima dela, empurrei-a para o lado esquerdo. Mas, esquecendo-me que nesse lado já não havia cama, caímos para o chão; ela por baixo e eu por cima. Depois de risos e risinhos, veio-me à cabeça algo que me estava a impedir de continuar.
Vicky: E a Fabiana?
Sofia: A Fabiana?
Vicky: Não quero que faças nada que não te sintas confortável ou preparada para fazer. Ou algo que não queiras...
Sofia: Mas eu quero.. -Puxou-me para ela, encaixando-se entre as minhas pernas. -E quero mais...
Vicky: Queres?... -Entrelacei os braços entre o seu pescoço.
De repente, levantou-me no seu colo; sentou-se na cama e, lentamente, hesitando, abriu até meio o fecho do casaco que eu trazia vestido, esperando que eu "concordasse" com o que ela ia fazer. Percebendo o sucedido, desapertei o resto e atirei-o para qualquer lado.
Ela, num gesto firme e suave, tomou-me nos braços e deitou-se para trás, levando-me com o impulso do seu corpo.
Beijei-a ardentemente. Estava louca por ela!
A sua mão, forte mas delicada, entrou dentro da minha camisola e subiu um pouco mais, parando ao tocar no arco do meu soutien.
Lentamente e propositadamente, despi a camisola enquanto ela me observava com aqueles olhos azuis brilhantes a fazerem contraste com o seu cabelo negro e denso.
As suas unhas cravaram-se nos meus ombros e arrastaram-se para baixo. Senti dor, mas não me importei.
Sofia
Ela arfava e gemia com aquela voz rouca e sensual a cada toque e a cada beijo e fazia-me querer continuar e fazer mais... Eu estava louca e imaginava tudo o que poderia acontecer naquele momento na minha cabeça.
Vicky: Tu deixas-me louca... -Sussurrou, entre beijos.
Sofia: Tu não existes; não podes ser real...
Vicky: Sou real, estou aqui...
Sofia: És um sonho... -Disse, depois de uma mordida no lábio dela.
Vicky: A diferença é que quando acordares eu vou estar aqui. -Sorriu. - E quando adormeceres também...
Após horas de amassos, arranhões nas costas e nas coxas e mordidas nas orelhas e nos pescoços, a loura cor de ouro adormeceu, exausta, por cima de mim. O seu corpo escaldava. Estava quente como o fogo.
Derretia-me.
Derrete-me.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Fica Comigo (Lésbicas/Gay) PT
RandomVictória é uma rapariga de 17 anos com uma árvore genealógica muito obscura. Nasceu e viveu em Itália grande parte da sua vida mas, forçosamente, teve que ir para Portugal. Com o passar do tempo, conhece Sofia, uma rapariga Lisboeta uns meses mais...