5. O Quinto Dia

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Victória

3:01

Vicky: Mãe, oh mãe! - Exclamei.

Em apenas um segundo, tinha chegado ao meu quarto.

Mãe: Vicky que se passa?! Porquê é que estás a chorar? -Sentou-se na cama e abraçou-me.

Vicky: Eu vou ficar sozinha! Vocês.. - solucei - vão embora e eu vou ficar aqui sozinha! E vocês também!

Mãe: Vicky, vai correr tudo bem, meu amor! Não estás sozinha e os pais vão voltar. - Tirou o colar do meu tio que eu apertava com a minha mão.

Desesperada, olhei para ela sem dizer nada e fechei os olhos. A minha mãe ficou ali comigo, a mexer-me no cabelo até eu adormecer.

7:10

Mãe: Acorda Vicky. Hora da escolinha. - Beijou a minha testa e colocou o colar do meu tio ao meu pescoço. -O lugar disto é aqui: Ao teu peito. -Sorriu. -Quando chegares a casa vamos conhecer a tua nova casa.

Vicky: O pai pode vir?

Mãe: O pai só está em casa até às duas... Não vai poder ir, filha.

Vicky: Podíamos ir agora mãe, por favor. Queria muito que o pai fosse. Eu sei que não queres que falte à escola, mas eu quero passar todo o tempo que resta convosco. Tenho muito tempo para ir à escola depois...

Olhou para mim, indecida e sorriu.

Mãe: Só hoje, minha peste! Tenho que ligar à menina para saber se está em casa.

Sofia

Sofia: Já tenho as minhas coisas arrumadas para as levar para casa da Rita logo à noite. A tia e a Joana vêm-me cá buscar para irmos para a escola.

Pai: Está bem filhota. Levo-te logo à noite a casa dela. Tem juizínho na escola. O pai ama-te muito!

Respondi-lhe e saí de casa. 5 minutos depois, a minha tia Diana tinha chegado. Entrei e fomos em direção à escola. Quando passamos pelo cruzamento onde atropelamos a Victória, lembrei-me daquela manhã e revivi a conversa que tinhamos tido no outro dia. Ela parece uma deusa. Aquele cabelo, aquele olhar... Olhos verdes cristalinos. Pele morena, tão suave. "Ela não anda, ela desliza".

Victória

Mãe: Bom dia, Rita. - Cumprimentou a rapariga. - Esta é a minha filha, a Victória.

Rita: Olá, Victória! Eu sou a Rita. Bem... A casa não é muito grande, mas é melhor que nada. Eu vivo aqui, como já deves saber. Chega hoje à noite a nossa nova vizinha. Quando te quiseres mudar para cá, estás à vontade.

Mãe: Era exatamente por isso que queria falar consigo. O mais tardar até amanhã, ela poderá vir para cá ? É urgente.

Rita: Claro, pode vir quando quiser. Está à vontade. Vou mostrar-lhes a casa.

Passamos a manhã naquela casa. Era bastante acolhedora.

Três quartos, uma sala, duas casas de banho, cozinha e varanda.

Acho que tenho que me render à situação. Não há nada que possa fazer.

Sofia

Ela não veio à escola outra vez.

Pai: Já tens tudo pronto?

Sofia: Sim...

Pai: Já te despediste da mãe?

Sofia: Sim. Já fiz tudo e já arrumei tudo. Podemos ir.

O meu pai levou-me, finalmente, à casa da Rita (que é minha também agora).

Quando chegamos, fiz questão de subir sozinha.

Bati à porta e ela veio-me abrir a porta para entrar.

Rita: Boa noite, Sofia.

Victória

Vicky: "Eu acho que o mínimo que posso fazer depois disto é perguntar-te o nome." " Sofia" Boa noite, Sofia. - Monologuei.

Fica Comigo (Lésbicas/Gay) PTOnde histórias criam vida. Descubra agora