Victória
3:01
Vicky: Mãe, oh mãe! - Exclamei.
Em apenas um segundo, tinha chegado ao meu quarto.
Mãe: Vicky que se passa?! Porquê é que estás a chorar? -Sentou-se na cama e abraçou-me.
Vicky: Eu vou ficar sozinha! Vocês.. - solucei - vão embora e eu vou ficar aqui sozinha! E vocês também!
Mãe: Vicky, vai correr tudo bem, meu amor! Não estás sozinha e os pais vão voltar. - Tirou o colar do meu tio que eu apertava com a minha mão.
Desesperada, olhei para ela sem dizer nada e fechei os olhos. A minha mãe ficou ali comigo, a mexer-me no cabelo até eu adormecer.
7:10
Mãe: Acorda Vicky. Hora da escolinha. - Beijou a minha testa e colocou o colar do meu tio ao meu pescoço. -O lugar disto é aqui: Ao teu peito. -Sorriu. -Quando chegares a casa vamos conhecer a tua nova casa.
Vicky: O pai pode vir?
Mãe: O pai só está em casa até às duas... Não vai poder ir, filha.
Vicky: Podíamos ir agora mãe, por favor. Queria muito que o pai fosse. Eu sei que não queres que falte à escola, mas eu quero passar todo o tempo que resta convosco. Tenho muito tempo para ir à escola depois...
Olhou para mim, indecida e sorriu.
Mãe: Só hoje, minha peste! Tenho que ligar à menina para saber se está em casa.
Sofia
Sofia: Já tenho as minhas coisas arrumadas para as levar para casa da Rita logo à noite. A tia e a Joana vêm-me cá buscar para irmos para a escola.
Pai: Está bem filhota. Levo-te logo à noite a casa dela. Tem juizínho na escola. O pai ama-te muito!
Respondi-lhe e saí de casa. 5 minutos depois, a minha tia Diana tinha chegado. Entrei e fomos em direção à escola. Quando passamos pelo cruzamento onde atropelamos a Victória, lembrei-me daquela manhã e revivi a conversa que tinhamos tido no outro dia. Ela parece uma deusa. Aquele cabelo, aquele olhar... Olhos verdes cristalinos. Pele morena, tão suave. "Ela não anda, ela desliza".
Victória
Mãe: Bom dia, Rita. - Cumprimentou a rapariga. - Esta é a minha filha, a Victória.
Rita: Olá, Victória! Eu sou a Rita. Bem... A casa não é muito grande, mas é melhor que nada. Eu vivo aqui, como já deves saber. Chega hoje à noite a nossa nova vizinha. Quando te quiseres mudar para cá, estás à vontade.
Mãe: Era exatamente por isso que queria falar consigo. O mais tardar até amanhã, ela poderá vir para cá ? É urgente.
Rita: Claro, pode vir quando quiser. Está à vontade. Vou mostrar-lhes a casa.
Passamos a manhã naquela casa. Era bastante acolhedora.
Três quartos, uma sala, duas casas de banho, cozinha e varanda.
Acho que tenho que me render à situação. Não há nada que possa fazer.
Sofia
Ela não veio à escola outra vez.
Pai: Já tens tudo pronto?
Sofia: Sim...
Pai: Já te despediste da mãe?
Sofia: Sim. Já fiz tudo e já arrumei tudo. Podemos ir.
O meu pai levou-me, finalmente, à casa da Rita (que é minha também agora).
Quando chegamos, fiz questão de subir sozinha.
Bati à porta e ela veio-me abrir a porta para entrar.
Rita: Boa noite, Sofia.
Victória
Vicky: "Eu acho que o mínimo que posso fazer depois disto é perguntar-te o nome." " Sofia" Boa noite, Sofia. - Monologuei.
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Fica Comigo (Lésbicas/Gay) PT
RandomVictória é uma rapariga de 17 anos com uma árvore genealógica muito obscura. Nasceu e viveu em Itália grande parte da sua vida mas, forçosamente, teve que ir para Portugal. Com o passar do tempo, conhece Sofia, uma rapariga Lisboeta uns meses mais...