Uma Luz

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“-Você é insistente, senhorita.”

Depois que saí da presença de Marcus, naquela mesma madrugada, sem antes deixar de agradecê-lo pelo conforto, fui para o meu quarto e deitei em minha cama, mas não dormi. Não consegui. Com o choro já sanado, eu precisava encontrar meios do Volturi superar a dor, assim como eu. Fiquei apenas analisando alternativas, por horas, mas não obtive êxito. Então iniciei uma conversa com Ethan, no início da manhã.

“-Deveras.” Afirmei. Eu estava andando de um lado para o outro em meu quarto, pensando.

-O cara te jogou pela janela do último andar e você ainda vai tentar persuadi-lo?”

-O CARA é Marcus Volturi e ele não merece viver eternamente desse jeito. Ele amou. Amou demais e foi amado na mesma intensidade...”

-Isso é difícil de acontecer, admito.”

-Exatamente! Ele devia se sentir sortudo por isso e viver em paz. Ele não encontrou o assassino a princípio? Não. Ficou louco depois disso? Notoriamente sim. Mas Didyme não ia querer isso.” “...Assim como Phillip não iria.” Este último pensamento ocultei de Ethan.

-Como tem certeza?”

-Eu vi na mente dele. Didyme tinha uma aura de felicidade, como dom. Mesmo que o conceito de Marcus seja viver da maneira que vive porque perdeu o amor de sua vida, ele...” Naquele instante, foi como se uma luz clareasse minha mente. Havia a possibilidade de eu finalmente ter compreendido Marcus e me senti empertigada por não ter feito isto antes. “Entendi... Quando perdeu Didyme, Marcus perdeu a felicidade”.

um conceito realmente bom.”

-Não. Não é apenas um conceito... Quando Didyme partiu, a felicidade foi junto com ela.”

-Era desse conceito que eu estava falando.”

Não respondi mais Ethan e sabia que ele havia entendido o motivo por trás do meu silêncio.

Quando resolvi sair para ir ao encontro de Marcus novamente, ouvi uma batida na porta do quarto e, ao abrir a mesma, soube do que se tratava no exato instante em que um calafrio percorreu meu corpo. Felix estava a minha frente, pronto para me acompanhar até minha sentença.

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