Extremos

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Nos segundos que passei correndo, antes de chegar ao meu destino, tentei imaginar o que ouviria de Aro. Argumentos que tentariam me convencer a ficar? Não. Ele sabia que eu tinha uma decisão e não a mudaria. Então talvez ele apenas quisesse se despedir sem “holofotes”, como um pai faria.

Assim que cheguei à biblioteca, fui diretamente por o livro de regras de novo no lugar dele.

-Vejo que aceitou minha recomendação. –a voz de Caius me surpreendeu por um segundo, mas logo tornei a olhar ao meu redor, procurando Aro.

“Ele ainda não chegou.”

-Aro me pediu para vir até aqui avisar que logo mais ele virá. –Caius estava sentado em uma das cadeiras que rodeavam a mesa central da biblioteca.

-Ele falou o porquê do atraso?

-Alimentação... –contive um olhar de enjoo perante aquela fala, mas o Volturi percebeu e pareceu se divertir com aquilo. –Felizmente eu me alimentei antes e pude vir aqui avisar você e já aproveitar para dizer adeus.

-Obrigada pela consideração. –estava tentando parecer mais sincera o possível. O tom de superioridade de Caius era extremamente enfadonho.

-Já que leu, o que achou do livro de leis dos vampiros?

-Concordo com muitos pontos. Realmente é importante que nossa espécie permaneça em segredo dos humanos, assim como qualquer outra que eles consideram sobrenatural. Somos uma ameaça e além de serem o número maior, eles estão mais evoluídos em tecnologia. Mas, se me permite ser sincera, toda lei tem exceções, como você mesmo falou mim e a Ethan. E existem muitas regras as quais as punições pelo não cumprir das mesmas, tendem a ser pesadas demais. Quase todas levam a morte...

-Cuidamos para que um erro nunca mais se repita, Srta. Wheeler.

-E quando o erro for de quem puniu? E se a punição for errada? Se pelo menos prendessem quem quebra suas leias, caso ocorresse um julgamento errado, o punido erroneamente ainda poderia ser liberto. Mas para a morte, não há volta.

-Não estamos livres de erros.

-Mas podem evita-los ao máximo possível. Li muitas mentes, Caius. Inclusive a de pessoas que participaram deste clã, as quais passaram pelo meu caminho. –eu não iria falar que havia lido a mente de Carlisle, porque, tirando Aro e Marcus, os outros Volturi ainda não sabiam que eu havia passado um tempo com os Cullen e, principalmente, que eles me encobriram, contrariando as leis dos Volturi. –Vi o que faziam. Em minha opinião, senhor, acredito que inúmeras circunstâncias devem ser vistas. Mesmo que vocês tenham que manter o acusado preso até tomarem uma decisão que visa todos os pequenos detalhes.

-Você conheceu Bree Tanner?

-Quem? –perguntei confusa.

-Um de nossos supostos erros, pela sua perspectiva. Mas é uma longa história. Envolve um bando de recém-criados e um clã que se opõe ao sangue humano, como você e Ethan.

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