Capítulo 39

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Vejo Mikey entrando no quarto e o encaro. Estava de pijama de monstrinho, coque e meus óculos.

- Posso ajudar?.

- Tem certeza?- se senta na cama.

- De ficar madrugada?- confirma - sim, eu quero.

- Você nunca mais desenhou- olha pros quadros na parede.

- Continuo desenhando- disfarço o sorriso - quando não consigo dormir, eu faço meus desenhos.

- Uhmmm....que bom que não parou- me olha - eu gosto de vê você desenhando.

Sinto minhas bochechas queimarem e volto a prestar atenção nos papéis.

- Você ainda está trabalhando nisso?- sinto a presença dele atrás de mim e sua respiração do meu lado.

- Sim....enquanto Valentin não responde meu e-mail - suspiro - tenho que continuar tentando.

- Você não pensa em descansar um pouco?.

- Quando isso acabar sim - viro meu rosto e sua face está próxima da minha e acabo engolindo em seco.

- Suas olheiras estão marcadas - diz- quanto tempo não dorme?.

- Uns dias - me levanto- era isso que queria conversar?.

- Apenas queria saber se de fato está bem- me olha de cima pra baixo - já que magraceu da última vez que te olhei.

Viro meu rosto e sinto meu corpo quimar inteiro, com essa olhada que acabou de dar.

- Licy- sinto puxar meu rosto e meu coração acelera - você não está evitando de falar comigo ou pedi ajuda quando está com pesadelo por causa da Senju?.

- Claro que não!- me afasto - tenho muita coisa pra fazer.

- Que bom- mostra um sorriso fraco.

- Boa noite - digo.

- Boa noite- depósita um beijo na minha testa e sai do quarto.

Me sento na minha cama e fico raciocinando o que acabou de acontecer....eu literalmente não entendo o Mikey.

Resolvo dormir e acordo com a Emma me balançando.

- O que foi?- - digo com sono.

- Faz bolinho de arroz- sussurra.

- É sério?- levanto o tronco.

- Ela que está pedindo - aponta pra barriga.

-......- Levanto no ranço e desço as escadas com ela atrás.

Faço os bolinhos que ela pediu e come com chá.

- Cadê seu marido?- levanto a sombrancelha.

- Saíram correndo pra central- fala- está muito bom.

- Pede pra eles virem correndo, eu vou tomar um banho e ir pra faculdade.

- Ok- pega seu celular.

Faço que tenho que fazer, faço um café e pego minha bolsa.

- Olá- surge Chifuyu.

- O café está na mesa - digo terminado de olhar minhas coisas - eu não volto pra casa hoje e provavelmente nem durante a semana. É o bom o Draken cuidar de você.

- Pode deixar - diz bocechando.

- Já vai?- me olha Shinichiro.

- Sim...... não é pra senhorita comer doce e muito menos besteira.

- Sim senhora- diz com a boca cheia.

- seus sucos naturais estão no congelador - toco na sua barriga e mexe.

- Oxi? Porque com a Licy, ela mexe sem pensar e eu tenho que implorar - cruza os braços Draken.

- Tô no mesmo barco - suspira Izana.

- Ela ainda está sentada- continuo tocando - vamos virar mocinha.

- É ruim?- fala Draken.

- Ela provavelmente vai ter que nascer por cesária - digo- o médico que fazer seu parto, tem ser especialista e tomar muito cuidado.

- Uhmmm- diz Mikey- por quê?.

- Estou atrasada- beijo a testa da Emma - estou falando sério Emma, você está indo pro último mês, os riscos são maiores agora.

- Pode deixar - mostra um sorriso e fica conversando com a nenê.

- Até um dia ai- pego minha bolsa e saiu de casa.

- TOMA CUIDADO!- grita Izana.

- É SÓ LIGAR- diz Shinichiro.

- VÊ SE NÃO MORRE!- fala Chifuyu.

- Ok- digo e vou andando até a faculdade.

- aí puta!- aparece Clara - boa sorte no seu novo turno.

- Valeu- digo- eu vi seu jogo pelo celular....cê foi incrível.

- Era eu jogando...... lógico que ia ser incrível.

- Metida - falo e entramos na sala.

Clara também faz medicina, pelo basquete e notas conseguiu bolsa. Só que ainda não trabalha por causa dos treinos, sai correndo da faculdade para o basquete.

Sentamos em mesas separadas, sento na frente perto da janela e Clara na frente, perto da porta.

Assim, concentramos melhor nas matérias....Clara já tem dezoito anos, mesmo estudando juntas, eu era um ano avançada.

Nessa universidade só tem filho de papai, que se acham de Range rover e ferrari, pior que não posso julgar, se eu tivesse dinheiro, eu ia ser a maior patricinha e metida. Como nasci pobre, tenho que me foder.

- Bom dia- diz o professor- vamos começar a aula.

Será que pode ser amor?Onde histórias criam vida. Descubra agora