Cidade de Osaka, Osaka, Japão
16 de maio de 2006
Sayuri empurrou o homem de cabelos prateados para o seu armário de roupas. Não dera muito tempo de explicar em detalhes o porquê estava fazendo isso e havia algo quase cômico no fato de ele estar entre as seus casacos de frio e seu vestidos de verão, mas ela não tivera tempo nem mesmo para rir. Antes que pudesse esboçar qualquer reação, ouviu batidas na porta de seu apartamento, fechando a porta de seu quarto e dirigindo até lá. A cena que se deparou não foi nada agradável: Mizoroge Hayato estava com o rosto parcialmente inchado, os olhos com um enorme hematoma e um pequeno corte acima da sobrancelha esquerda. Sayuri levou a mão até a boca, arregalando os olhos e sentindo um gosto estranho subir pela garganta.
— O que ele fez com o senhor? — Questionou, com tristeza. Mizoroge Hayato suspirou. Ozu Emily afagou os cabelos loiros. Ela segurava uma sacola grande, além da bolsa que costumava usar.
— A pergunta certa seria o que ele fez com o Itao. — Disse, adentrando porta a dentro, após retirar os sapatos e os deixar no pequeno móvel destinado a isso. Hayato retirou os sapatos também e Sayuri percebeu que estavam repleto de sangue fresco. — Estava pior, mas a enfermeira conseguiu limpar.
— Como isso tudo aconteceu? — Ueno Sayuri quis saber, olhando para o tio, que até então não havia dito nada.
— Estou irado, Sayuri, irado. — O homem disse, passando a mão pela parte da testa que não estava machucada. — Aquele cara é um lixo. Eu só não o matei porque isso significaria ir para a cadeia, e convenhamos, a minha elegância não combina com uma cela.
— Mizoroge Hayato encontrou o Matsuno Itao em uma reunião de negócios, e durante o almoço, os dois acabaram se estranhando, devido a algumas insinuações do Itao... — Ozu Emily começou a explicar, finalmente respondendo a pergunta de Sayuri. — Resumindo: Eles saíram na mão no meio do restaurante e os clientes até ameaçaram chamar até a polícia.
— Que tipo de insinuações foram essas, que o irritaram tanto?
— Vou poupar os seus ouvidos daquela baboseira. — O homem disse.— Mas basicamente ele insinuou que aquele período que você... Bem, que você passou um tempo fora... Ele disse que você provavelmente estava com outro homem e por isso, fez todo um "drama" para conseguir fugir com o amante. Além de outros absurdos sobre mim, que não cabem a serem ditos aqui.
— Era ele que tinha uma amante. — Sayuri disse, se sentindo irada.
— Ele é um lixo. — Hayato repetiu. — Eu não queria ter te arriscado nesse ponto, mas tive que dar uma lição naquele moleque e quebrei a cara dele.
— Eu acho que o senhor foi quem se arriscou. — Ueno Sayuri disse, desacreditada na aparência do tio.
— Posso te garantir que ele está machucado, mas Matsuno Itao foi parar no hospital. — Ozu Emily dissera, quase como um lamento.— Ele vai ter que ficar um bom tempo sem aparecer, até seu rosto se recuperar.
— Isso significa que ele terá muito tempo para ir atrás do lado mais fraco, ou seja, você. E agora com o triplo da raiva. — Mizoroge Hayato comentou. — Eu juro que não queria ter te exposto assim, mas aconteceu e agora vamos ter que tomar medidas drásticas.
— Quais medidas drásticas? — Sayuri ergueu as sobrancelhas. Se sentia uma idiota apenas fazendo perguntas, mas estava atordoada demais para pensar em reagir de outra maneira.
— Sabe que todas as ações de pessoas como nós impactam diretamente os negócios.
— Sim, principalmente se você espanca a cara de um dos cara mais importantes da empresa. — Sayuri ressaltou.
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A Joia Flamejante • kakashi hatake
FanficA jovem japonesa Ueno Sayuri não consegue se lembrar de nada que tenha acontecido anteriormente aos seus sete anos de idade. Além disso, um estranho sentimento de não pertencimento sempre a rondou, como um leão faminto prestes a devorá-la. No início...