Feliz aniversário, Ueno Sayuri

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Aldeia da Folha, País do Fogo

Um dia antes do inicio do treinamento de Sayuri


Os dois últimos dias haviam sido uma espécie de universo paralelo para Sayuri. Ela nunca sabia quando já havia escurecido ou quando estava na hora do almoço, exceto quando algum funcionário simpático a oferecia o que comer ou nos momentos em que Shizune aparecia e lhe dava alguma notícia sobre o mundo exterior. Foram dois dias intensos de investigação, o qual ela viu pessoas, testou possibilidades e fez diversos exames. Onde passava, Ueno Sayuri arrancava olhares de curiosidade, o qual ela driblava encarando o piso amarelado da Aldeia da Folha ou simplesmente fingindo que não era com ela. No fim do segundo dia, um rapaz vestido com uma roupa branca aparecera, se sentou ao lado dela e esperou. Minutos depois, a Senhora Tsunade adentrou o local, explicando pacientemente que o chakra de Sayuri era realmente mais desenvolvido do que as pessoas que nunca tiveram nenhum contato com atividades ninjas. Como Hatake Kakashi explicara sobre o corpo que foi encontrado, ela tinha uma rede de chacra tipicamente de um ninja que tivera seu treinamento interrompido. Não tão envolvido como de alguém que se formara na Academia Ninja, como Sakura, por exemplo, mas também não completamente inexistente, como se espera de alguém que não fora treinado nenhuma vez na vida. Mesmo que aquilo a deixasse confusa, a Senhora Tsunade explicou de forma simples que as descobertas não significavam com precisão que ela realmente era uma das crianças desaparecidas, e por isso, Sayuri teve que conhecer duas famílias distintas, em uma pequena sala de investigação. Havia um vidro que separava seu corpo e o das pessoas, que claramente entravam cheias de expectativas e saíam decepcionados, por notarem, após uma conversa, que Sayuri nunca fora filha deles.

A moça estranhou, no dia seguinte, quando acordou sem Hatake Kakashi a acordando. Se alongando no colchão da cama, olhou ao redor, vendo que o prateado não se encontrava na cama improvisada no chão. Diferente da primeira vez em que estivera lá, Sayuri é que vinha dormindo na cama do homem, que ele havia cedido a ela após muita relutância da moça de cabelos escuros. Coçando os olhos, ela deslizou para fora da cama, observando que havia um buquê de pousado na mesa de madeira. Eram lírios brancos envoltos ao redor de rosas bem vermelhas, mais vermelhas do que ela havia visto em toda a sua vida. Ainda intrigada com os ramos, Sayuri deslizou os dedos por ele, os levando até o nariz. Caminhando pela casa, ainda com o buquê em mãos, ela tomou um susto ao quase esbarrar no homem de cabelos prateados, que vinha da cozinha, também claramente distraído com um livro.

— Bom dia. — Ela o cumprimentou. Ele já estava vestido com a sua roupa típica e isso significava que já havia saído de casa. — Hmm, isso aqui é pra mim?— Questionou, vendo que o homem fitava furiosamente as mãos dela. Sayuri não queria mais causar problemas. Nos últimos dois dias, rodeados de investigação, ambos só trocavam algumas palavras pela manhã e antes de dormir. Os assuntos eram sempre relacionados a investigação ou o treinamento, que se iniciaria no dia seguinte.

— É. — Ele respondeu, fechando o livro e o guardando no bolso. —Afinal, é hoje o seu aniversário, certo?

— Ah! — Sayuri exclamou. Havia se esquecido completamente. Seu rosto ruborizou. Como poderia precisar de outra pessoa se lembrar do seu próprio aniversário? — Obrigada por lembrar. E também... Obrigada pelas flores... — Ela sorriu. — São lindas. Os lírios brancos... São por causa do meu nome, né? — Questionou a ele. — Mas as rosas vermelhas...

— Eu não sou a melhor pessoa para lhe explicar sobre o significado das flores. — Ele a cortou. Sayuri não o entendia, por mais que tentasse. Em alguns momentos, parecia completamente sensível, lhe dando flores no aniversário e em outro, incomodado com o que ela falava. — Algumas pessoas irão vir visitar você hoje. Tenho uma missão importante e só devo chegar tarde. A primeira é alguém que você já conhece e a outra, alguém que pedi que viesse para lhe levar para sair a noite.

A Joia Flamejante  • kakashi hatakeOnde histórias criam vida. Descubra agora