Não a nada que possa fazer, quando duas almas estão destinadas a ficarem juntas.
Esse é o caso de Filipe e Mariana, o destino os uniu de forma "estranha", porém isso não modificou o sentimento que um tem pelo outro.
━━ Terça de Tarde, ela em cima...
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── Oi, gata. ── escuto a voz.
Me viro pra trás vendo... o garoto que eu fiquei no baile que o Filipe...
── Perdão? ── o questiono.
Estamos aqui no cemitério onde tudo ocorreu.
── Corre. ── diz do nada e olha pra algo atrás de mim assustado.
── Oque? ── pergunto confusa.
── Ele vai me matar, foge dele. Você será a próxima! ── grita comigo e olho para trás.
Me assusto quando vejo Filipe segurando uma faca enorme com sangue na mesma. Seu olhar não é carinhoso, é de um assassino.
── Se afaste dele enquanto pode Mariana! Essa obsessão dele não tem cura. ── encaro o garoto ── Você só tem uma opção, ser mulher dele.
Grito quando vejo Filipe enfiar a faca no crânio do garoto.
── Mari? Sou eu, filha. ── abro os olhos e sobressalto no sofá.
── Ma-mãe? ── gaguejo e sinto teus braços acolhedores em volta de mim.
── Sou eu, pequena. Sou eu. ── a abraço e deixo as lágrimas cairem em abundância ── De novo pesadelos?
── Sim. ── sussurro.
A cinco malditos dias tenho esses pesadelos. Nada faz passar, desde chá a sexo.
Filipe notou que estou estranha. Ele acorda toda noite comigo se debatendo... anda tão preocupado.
── Se eu terminar com o Filipe... será que ele deixa eu seguir minha vida? ── pergunto em um sussurro e ela se afasta para me analisar.
── Amor...
── Mãe... ── murmuro chorosa.
── Pra isso você terá que sumir do país pra dar um abraço em um cara. ── diz e rimos levemente ── Mas acho que ele deixa você ir... mas você está pensando...
── Não. ── respondo de imediato ── Mas o pesadelo me fez ver...
── O outro lado de Filipe? ── termina minha frase.
── Exatamente. ── a porta é aberta e em seguida escuto os passos apressados.
── Mãe! ── Isa grita e corre até mim.
── Oi, amor. ── digo e ela se joga em mim me abraçando.
── Calor da porra! ── Filipe diz sem camisa com a mesma no ombro ── Desde quando tu dorme de tarde? ── Me questiona.
Vejo minha mãe colocar a mão sobre a boca e em seguida corre. Fui atrás junto com Isa e Filipe, chegando no banheiro eu vi ela debruçada sobre o vaso vomitando.
