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🪁

Chego em casa, cansado, óbvio

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Chego em casa, cansado, óbvio.

Passei tempo em casa e me fudi, to pagando o preço tendo que sair tarde da boca. Fico triste com a tristeza da minha preta, ela não gosta de ficar muito tempo sem mim.

É recíproco.

── Você é foda. ── Kaiçara resmunga enquanto lê um livro

── Obrigado, minha cara. ── estendo a mão e fazemos o toque ── Cadê a véia?

── Imperador. ── tive que rir.

Império. Novela da Globo que tira a velha dos eixos. Ela fixa na TV de uma forma assustadora.

── Esse imperador é um gato, viu? Puta que pariu. ── meu sorriso murchou quando reconheço a voz ── Mãe, você fez suco!?

── Tá na geladeira! ── Kaiçara grita de volta. Ela não me viu e foi direto pra cozinha.

Em silêncio, caminhei até a cozinha, vi ela debruçada na geladeira tentando pegar o suco que estava na última fileira.

Quando ela alcançou a jarra, se levantou e se virou pra mim.

── Porra, Filipe! ── quase deixa a jarra cair ── Que susto, amor. ── amansa a voz.

── Amor? Amor deve ser o imperador. ── estou com ciúmes do pau no cu que tá na TV? Sim e foda-se!

── Ele também é. ── me provoca e pega dois copos no armário ── Só que você está em primeiro lugar. ── pisca.

── Eu tenho que ser o único macho a estar na sua lista invisível. ── me encara enquanto coloca o suco ── E quando vai falar com sua mãe? ── falo mais baixo.

── Não sei. ── sussurra de volta e pego o copo que ela tinha terminado de colocar o bagulho ── Será que elas vão ficar de boa?

── Sua mãe vai me matar. ── ela sorrir ── E eu preciso urgentemente falar com elas, quero chegar em casa e poder te beijar. Em qualquer cômodo, com gente ou não olhando. ── Mari sorrir e morde os lábios.

── Vamo falar agora? ── pergunta mordendo a unha agora.

── Pode ser. ── ela toca em minha mão e sinto um arrepio, me sinto calmo e protegido com Mariana.

── Mãe!? ── grita.

── Eu! ── Kaiçara resmunga da sala.

Cruzo nossas mãos e fomos até a sala, já tinha terminado o meu suco e Mariana tava enrolando. Ela demora até pra tomar um copo de água, seloko!

── A gente tem que te contar uma coisa. ── murmura ── Mas você não pode surtar.

Os olhos castanhos de minha irmã me encaram. Passa nem wi-fi no meu toba.

Terça de Tarde Onde histórias criam vida. Descubra agora