Não a nada que possa fazer, quando duas almas estão destinadas a ficarem juntas.
Esse é o caso de Filipe e Mariana, o destino os uniu de forma "estranha", porém isso não modificou o sentimento que um tem pelo outro.
━━ Terça de Tarde, ela em cima...
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Abro os zói sentindo uma dor de cabeça do caralho, abraço o corpo da minha mulher e esfrego o rosto na suas costas. Oxi, por que tá tão macio!?
Abro melhor o olho não enxergando minha duas pretinhas. Me levanto no pulo e sinto meu peito se apertar.
Caminho até o banheiro e vejo que não tinha ninguém, da sacada eu não vejo ninguém também. Que porra é essa?
Saio do quarto e desço correndo as escadas que me leva pra cozinha. Cadê minhas pretas?
Vi um papel na geladeira e sorrir mais calmo. "Fomos pra praia."
Por que não ficaram na praia daqui da frente? Subo correndo e coloco uma bermuda. Pego meu celular e começo a ligar pra preta de chamada de vídeo. Nem me atendeu, chata.
Peguei minha motoca e só foi randandandan pela praia. Logo avistei a Cambada de gente feia (tirando minhas duas pretas).
Buzinei e a Isa correu até mim, estaciono a moto e pego a pretinha no colo.
── Xaudadi, pai. ── fala e dou uma mordidinha na sua bochecha.
── O pai tava com saudade pequena, tu deixou o pai?
── Naum! ── briga comigo.
── Desculpa aí. ── desço da moto e caminho pra onde tava o povo.
Procuro a preta com o olhar mas não acho, bufo de raiva.
Isa toca num bagulho na minha mão e olho. Uma aliança, que porra é essa?
── Que isso? ── pergunto e mostro a mão pra Kaiçara.
── Vai dizer que não lembra? ── pergunta risonha e continuo com cara de confuso ── Você bebeu tanto que pediu a Mari em casamento. ── bato na minha própria testa.
── Era pra eu pedir no aniversário dela. ── ela rir ── Viu ela?
── Ela tinha ido pra aqueles bandos. ─ aponta pra um lado e eu vou atrás vendo que tinha um quiosque.
Deixei a neguinha com Kaiçara e cheguei no lugar. Vazio, oxi.
Cumprimentei o cara e fui pra parte de trás do lugar, meu coração para.
Vejo Mariana com a porra dos lábios colados com os de Victor. Ele aperta a cintura dela com força e a mão dela junto.
Coloco a mão no peito sentindo uma dor intensa. Não, não, não.
Me encosto na parede e viro a cabeça pra outro lado não querendo ver a cena.
── Qual a porra do teu problema!? ── a preta esbraveja e olho pros dois vendo que ela empurra Victor.
