- Capítulo 41 -

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- JOANA FLORES -

— Você está linda. — Gael caminhou em minha direção e pegou minha mão com suavidade a fim de me dar auxílio para descer as escadarias centrais da casa.

Passei o dia inteiro no salão, fazendo unhas, cabelo, maquiagem e muitos outros mimos para o evento. E, quando voltei para casa encontrei em cima da minha cama, uma enorme caixa preta com as iniciais GC gravadas em dourado em letras manuscritas. Dentro dela havia um lindo vestido longo azul, embalado com papel de seda branco. Imaginei que seria um presente de Gael para mim. Confesso, sorri de orelha a orelha.

Depois de me vestir, desci as escadas em direção a sala da casa, mas dei de cara com Gael em pé, na frente da escada usando um lindo smoking preto acompanhado de uma gravata borboleta vermelha e suspensório, o deixando com a aparência de um almofadinha.

Seus cabelos estavam engomados para trás, sua barba bem definida emoldava seu rosto quadrado o deixando com uma aparência irresistível.

Senti formigas na barriga quando meu olhar cruzou com o seu.

— Obrigada. Você também está ótimo. — Levantei as mãos e ajustei sua gravata que estava dois ou três centímetros fora do lugar. — Prontinho.

Ele sorriu.

— Vamos. A limusine já está à nossa espera.

— A propósito, eu adorei o vestido.

Gael liberou um riso abafado e orgulhoso de si.

— É da coleção de primavera, de uma grife que criei.

Abri a boca sem deixar sair som. Então me lembrei das iniciais gravadas na caixa do vestido. G, Gael, C, Cartier, fazia sentido.

— Bem... você tem muito bom gosto.

Ele gesticulou para que eu caminhasse a sua frente.

— Primeiro as damas.

Sorri.

— Antes me deixa dar um beijo em Isabel e na fofa da Sophia.

Ele riu concordando com a cabeça.

— Certo.

Fomos até a sala da casa, onde as crianças estavam assistindo pepa pig, na companhia da babá que Gael contratou para cuidar das pequenas já que Júlio também resolveu ir curtir à noite e matar a saudade de alguns amigos.

Me inclinei por trás do sofá e beijei as duas.

— Mamãe, você parece uma princesa de verdade! — Exclamou Isabel sorrindo.

— Princesa bonita... — Sophia disse com sua língua enrolada.

— Obrigada meus amores... Agora prestem atenção. Quero que obedeçam a babá, e fiquem quietinhas... voltamos logo.

Elas confirmaram com um sorriso e voltaram a dar atenção ao desenho.

Quando virei meu rosto em direção a porta, bati de frente com Gael, me desiquilibrei com o salto número quinze que cobria meus pés, mas Gael foi mais rápido.

Em um reflexo rápido ele me amparou em seus braços... Fechei os olhos sentindo cheiro de seu perfume, seus braços fortes me sustentar, sua respiração perto do meu rosto e suas macias mãos me colocar no lugar.

— Cuidado! — a voz dele parecia serena e calma.

A cena passou rápido, mas na minha mente foi como se estivéssemos vivido muitas primaveras.

Quando abri os olhos, dei de cara com íris mais intensas do que de costume. A linguagem dos olhos de Gael me dizia coisas... coisas que eu ainda não entendia, eu precisava falar aquele novo idioma.

— Obrigada.

Peguei minha bolsa de mão e caminhei em direção a porta onde o motorista já nos aguardava.

Peguei minha bolsa de mão e caminhei em direção a porta onde o motorista já nos aguardava

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