-JOANA FLORES-
Senti a claridade do dia atravessar as janelas e incomodar minhas vistas. Me remexi na cama, e algumas cenas do que aconteceu na noite anterior passou pela minha cabeça como num filme. Edgar, choro, Gael, os braços de Gael, Gael se declarando, eu me declarando, cama, Gael e eu fazendo... amor?
Abri os olhos e comprovei que não foi um sonho, Gael estava mesmo deitado ao meu lado, sem roupas exibindo seu lindo corpo sem nenhum pudor enquanto dormia em um sono tranquilo.
Beijei o dorso de sua coluna e descansei a cabeça em seu ombro.
Ele se remexeu, abriu os olhos, virou seu corpo em minha direção e me abraçou com um sorriso sonolento no rosto.
— Bom dia! — Falou bocejando.
— Bom dia! — Respondi sorrindo.
— Que horas são?
Olhei para o relógio digital do criado mudo e já haviam passado das nove da manhã.
— Dez horas.
Ele levantou a cabeça do travesseiro.
— Minha nossa, tudo isso? — Voltou a deitar a cabeça no travesseiro.
Sorri e colei meus lábios nos seus.
— Perdemos a hora.
Devolvendo o sorriso ele acariciou meu rosto enquanto me avaliava com certa incredulidade no olhar.
— A culpa é sua por ser tão maravilhosa.
Entendi que ele se referia a nossa intensa noite de amor. Me encolhi tímida. Quem diria que um dia eu acordaria nos braços daquele homem, e por livre e espontânea vontade.
— Vamos tomar café? — Ele apontou para a porta onde havia uma mesa ao ar livre com todo tipo de alimento para o desjejum.
— Uau! Mas, como se...
Ele pegou o celular de cima do criado mudo e sacodiu.
— Pedi que trouxessem nosso café, também providenciei roupas para nós dois. E não para por aí...
Olhei para cima do sofá e haviam algumas sacolas de grife, com algumas peças dentro.
— A cada dia, você me surpreende. O que mais você me preparou?
— Há-Rá! — Ele jogou o lençol fino que nos cobri para o lado e se levantou da cama revelando a nudez estampada em seu corpo escultural. — Isso só vamos descobrir depois do banho — pegou minhas mãos.
Tomamos um banho demorado na banheira do bangalô... fizemos amor novamente e nos vestimos.
Incrivelmente ele acertou em cheio meu gosto, no meio das roupas que ele mandou que seus empregados trouxessem, havia um vestido longo de alça com estampas de coqueiro, que fazia contraste com o maravilhoso cenário paradisíaco que se exibia a nossa frente, além de me vestir super bem.
Ele colocou um short tactel preto e uma camisa havaiana colorida, era até estranho vê-lo usar chinelo de dedo já que na maioria das vezes ele estava usando terno e gravata.
O dia estava lindo, o céu em uma coloração de azul intensa nos presenteava com alguns castelos de nuvens e a brisa soprava trazendo o cheiro da maresia.
No meu interior só havia paz, até mesmo as preocupações com Edgar tornaram-se insignificantes.
Enquanto tomávamos café da manhã, conversávamos amenidades e apreciávamos a água cristalina que cercava o bangalô, e as ondas do mar que quebravam próximo e trazia o som das conchas.
Terminei de beber meu suco de laranja e encarei Gael.
— Então? Onde está a minha próxima surpresa?
Ele riu de forma sacana.
— Curiosa. — Dei língua e fingi estar brava. — Feche os olhos — ordenou.
Fiz como orientado, fechei os olhos com força e quando ouvi ele dizer: " Pode abrir" fiquei completamente sem chão, o ar quase me faltou, o mundo parecia ter acabado e só eu havia ficado.
Em cima da mesa havia uma caixinha vermelha, com um anel dentro.
— Aceita ser a Sra. Cartier?
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A Garota perfeita
RomanceJoana Flores é uma mãe solteira que aceita trabalhar em um dos pubs mais badalados da cidade para criar a filha, mas sua vida muda quando ela cruza com Gael Cartier, um milionário frio e caprichoso que confunde Joana com uma garota de programa. Ele...