01. Garoto novo

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Nota: Esta é uma fanfic Drarry madura. Apesar de ter romance e possuir conteúdo maduro, não possui conteúdo sexual. A fanfic é focada no ambiente familiar e na construção do romance entre Draco e Harry.

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Harry Potter estava sentado atrás de sua mesa com uma pena na mão e os olhos erguidos do livro para examinar a sala de vinte crianças de cinco anos que estavam ocupadas desenhando obras-primas. O novo ano letivo havia começado há apenas três dias e pelo menos metade de seus alunos já estavam instalados. Essas eram as crianças com as quais ele e Gabrielle, sua parceira no crime e no ensino, nunca teriam que se preocupar.

A outra metade seria um pouco mais difícil.

Primeiro, havia os poucos que pensavam que a hora do desenho era para atirar pequenos pedaços de papel enrolado uns nos outros. Depois, havia os poucos que gostavam de basear-se em livros de outras crianças em vez de nos seus próprios. Depois, havia alguns que pensavam que caminhar em direção à caixa de brinquedos era aceitável.

Harry caminhou até a mesa perto da janela, espiando por cima das cabeças dos alunos para ver alguns desenhos. Realmente não havia estrutura para essa tarefa, é claro. Era simplesmente para avaliar o nível de cada aluno. Ele notou que muitas das crianças apenas rabiscavam no papel sem propósito, enquanto outras tentavam impressionar umas às outras e aos professores com suas habilidades de pintura de adultos.

Sempre havia aquele único artista frustrado.

Harry se ajoelhou ao lado de Scorpius Malfoy e observou o menino piscar rapidamente com o queixo encostado no peito.

O professor ficou um tanto surpreso quando descobriu que o filho de Draco Malfoy iria frequentar uma escola tão "humilde" e desestruturada. Ele tinha pensado que nada além dos melhores professores particulares seria bom o suficiente para o jovem príncipe Malfoy. No entanto, esse menino era mais um rato do que um príncipe. Ele nunca falava, sempre olhava para os pés e murmurava suas respostas com os lábios mal entreabertos. Ele parecia um Malfoy, mas agia como um Pettigrew.

Não demorou muito para que Harry começasse a sentir pena do garoto. Ele examinou a imagem. Não era tão ruim. Scorpius havia desenhado um girassol grande e irregular cercado por nuvens irregulares. Ele nem tinha começado a colorir ainda. Parecia que apenas traçar um esboço o havia reduzido às lágrimas.

— Vamos tentar algo aqui, certo? — Harry murmurou enquanto tirava o lápis do punho apertado de Scorpius. O menino rapidamente enxugou os olhos úmidos e desviou o olhar. Harry sorriu para si mesmo enquanto arredondava algumas pétalas, apagava algumas linhas erradas e tornava algumas nuvens mais fofas até que a imagem ficasse apresentável. — Perfeito, viu? — ele disse encorajadoramente, movendo o papel para Scorpius.

O menino acenou com a cabeça.

Harry mordeu a bochecha quando percebeu que Scorpius não achava que era perfeito.

— Tudo bem, o que devemos fazer para torná-lo mais perfeito?

O menino encolheu os ombros.

Não fazia sentido tentar argumentar com um garoto mal-humorado. Harry conteve um suspiro.

— Talvez, depois de colorir, você goste. Mostre-me quando terminar.

O menino permaneceu em silêncio.

— Ok? — Harry insistiu.

— Mhm — Scorpius murmurou com relutância.

Nas semanas seguintes, logo ficou evidente que os alunos preferiam as horas de brincadeira e de desenho do que o tempo que dedicavam ao aprendizado acadêmico. Gabrielle e Harry estavam sempre exaustos na hora da soneca. A aula deste ano parecia ser muito mais enérgica do que as aulas que haviam ministrado antes.

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