Assédio

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Aviso da Autora🖋:

Esse capitulo contém cenas que podem dar algum gatilho e peço desculpa caso tenha ocorrido algum desconforto. 

- Oi querida, tudo bem? Eu vi você mais cedo, e se me permite dizer, você faz totalmente meu tipo. - Começou Daisuke.

O homem se sentou ao lado da jovem no banco de concreto, o rapaz retirou a mochila de suas costas e jogou em seus próprios pés, as pernas largas se esfregavam na da jovem, o cheiro forte de suor impregnado tanto na roupa quanto na pele, ardiam as narinas; o modo falsamente educado era irritante e forma como chegará fora suspeita. Por mais que agisse de maneira cortês, eles não estavam mais no século XX ou na era medieval. Mas, acima de tudo, "querida", não era algo que pudesse se dizer para alguém que acabara de conhecer. Ou melhor, nem conhece.

- Que tal nos conhecermos um pouco mais? - Sugeriu o maior. - Talvez, sair para algum restaurante?

Por mais que estivesse sendo ignorado, o moreno era persistente, sugerindo lugares onde poderiam se encontrar.

- Vamos, gatinha, fala comigo. - Narumi passou os braços pelos ombros finos da menor, por mais que ambos estivessem vestidos, a jovem podia sentir os músculos do jovem a incomodando.

Mas o toque final de sua paciência, foi a mão tocar no interior de sua coxa e a aproximação repentina do rosto no seu. Tal aproximação, fez a jovem se assustar e empurrar o garoto para fora do banco, batendo as costas no chão, fazendo com que ele soltasse um leve gemido de dor.

 A menor já mais iria permitir ser feito de brinquedo ou ser tratada como um brinquedo por quaisquer homem.

- O que foi? Está louca?! - Esbravejou.

- Você que deve estar louco por encostar em mim sem a minha permissão, quem você pensa que é? - Respondeu a menor ao se levantar do banco.

Pode ver as casacas brancas saindo  do ginásio, sentindo seus olhos tremerem ao ver o irmão, correu até o mesmo e o abraçou, sentiu os braços do maior a rodearem instantaneamente, sentindo a garganta doer, os olhos se encherem e a voz se embargar, os leves soluços, foram ouvidos, desesperando o mais velho.

- Ei, S/N, o que houve? - O mais velho se desesperava por não entender o que acontecerá com a caçula.

- Ele tentou... Ele queria... Eu não quero... - A voz embargada pelo choro deixavam os jovens do time confusos. 

Antes que pudessem se preocupar ainda mais, puderam ouvir as broncas que a Josei gritava.

- O que você fez, seu idiota?! - Esbravejava o capitão do time.

- Eu não fiz nada! Aquela garota que me empurrou do nada! - Os gritos de Narumi faziam a jovem se encolher ainda mais, deixando obvio o que ocorrerá.

Os olhos de Tetsu ferviam de raiva e repulsa pelo número 9, o que não era o único; Riko já não se continha, sua raiva emergia em sua volta, assim como a de Junpei; Teppei ajudava a jovem Kuroko a se acalmar esfregando levemente suas costas; o resto do grupo revezava entre acalmar a jovem e olhar torto para Narumi; Tetsu não sabia se deveria acalmar primeiro sua preciosa e amada irmã ou se deveria esfregar a cara de Daisuke Narumi no asfalto ou denuncia-lo por assédio. Taiga não se conteve, caminhou até o mesmo, a raiva fervente em seu olhar, os dentes trincados e o punho cerrado, no qual lodo atingira o rosto do moreno.

- Quem você pensa que é?! Ela é apenas uma garota! Ela só tem 15 anos! - Gritava o ruivo.

O moreno sentado no chão segurava o maxilar, sentindo o leve gosto de sangue em sua boca, via o ruivo ser segurado pelos rapazes de seu time e os da Seirin, tentavam acalma-lo.

- E o que você tem haver?! Ela que pediu! - A desculpa comum e esfarrapada fez com que Tetsuya perdesse seu alto controle o socasse o maior.

Subindo no corpo deitado no chão, o acertava diversas vezes, Tetsuya era fraco, mas por sua irmã ele se tornava forte. Os times tentavam o segurar, a irmã o abraçou, na tentativa de acalmar sua raiva, o que não levou tempo com os pedidos vindos da menor.

- Escute bem: se você encostar em um fio de cabelo da minha irmã, eu vou te castrar!

Pass it to me again!Onde histórias criam vida. Descubra agora