Risos

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Conversas jogadas ao vento e risos não contidos.
Assim era como podia ser dito o suposto encontro. O café onde se sentaram para conversar trazia um clima confortável, os doces e salgados servidos derretiam na boca, o sabor único no qual jamais seria esquecido, o sabor do café feito na hora era quente e amargo, de um jeito agradável. 
As conversas calmas sobra assuntos variados, brincadeiras à parte, risadas trocadas, surpresas inesperadas do maior ao descobrir detalhes como a idade e os filmes preferidos da menor. Aquelas risada seriam um dos muitos momentos nos quais S/N não deixaria se perder em sua mente.

- Então, minha cara S/N, desde quando joga basquete? - Perguntou o moreno bebericando o chá gelado que havia pedido.

- Eu jogo desde pequena, meu pai jogou basquete na faculdade e ensinou meu irmão mais velho e depois ele me ensinou. - Respondeu de forma simples, lembrando o brilho nos olhos de Tetsu e o desapontamento do pai ao vê-lo errar as cestas e cair a cada passo. Porém, jamais se esqueceria dos prazerosos momentos em que seu amado irmão lhe ajudava com a bola. - Mas e você? Quando começou a jogar?

- Eu comecei a menos tempo, quando estava entrando no fundamental dois...? - Falou em forma questionando a si mesmo, buscando as lembranças em suas memorias. Um sorriso não pode ser contido pela menor ao ver a pequena confusão no rosto do mais velho. - Ah, esquece, não me lembro bem. Então quer dizer que você tem um irmão atleta?

- De certa forma, ele é apenas um ano mais velho que eu, mas é como um jogador profissional, ele é muito habilidoso com os passes, por mais que seja um pouco fraco. Ele tem treinado bastante para melhorar e ganhar os jogos da Winter Cup. - Falou orgulhosa de seu amado irmão. Sabia do grande potencial do mais velho e adorava se gabar do mesmo.

- Ele é tão bom assim? Qual é o estilo de basquete dele? - Perguntou Hanamiya, os olhos levemente arregalados demonstrando surpresa com a declaração da menor. 

- Ele é incrível, ele joga com a equipe toda, unido todo mundo, você não o vê jogando, a bola muda de direção sempre que está perto dele, ele não é muito rápido, mas sempre sabe o que fazer e deixar os outros confusos. - Declarava de forma exagerada, movendo os braços, imitando os movimentos do mencionado.

- Você assiste aos jogos?

- A maioria, muitas vezes tenho que trabalhar em casa, mas sempre que consigo eu vou vê-lo. Mas chega de falar dele, e você? Qual é o seu estilo de basquete? - Questionou apoiando seus cotovelos na mesa e olhando de forma analítica para os braços do rapaz em sua frente.

O moreno pôs-se para frente, se debruçando sobre a mesa, um sorriso grande, um pouco assustador, o sorriso fazia seus olhos diminuírem por conta da pele carnudo em suas maças que se levantavam, um brilho estranho era mostrado em seus olhos escuros. Tal face fez com que um arrepio percorre-se a espinha de S/N.

- Se me olhar desse jeito fofo, vou pensar que quer me despir. - Brincou o maior, logo S/N entendeu que tal brincadeira foi por conta de observar seus braços por inteiro e os olha-los demais. A risada alta do moreno ao ver a face ruborizada da garota fez com a sua face estranha se desfizesse, o mesmo chocou suas costas na cadeira, o braço se pôs por cima do encosto enquanto uma mão tamborilava na mesa. - Desculpe, eu não resisti.

As bochechas avermelhadas por conta do sangue que subia depressa para elas, a pulsação acelerada, a garganta seca, suas cordas vocais pareciam ter travado, ela estava paralisada por conta da vergonha. Logo começou a se desculpar de forma desesperada, a cabeça baixa, olhava para as mãos que se contorciam em seu colo.

Era um momento vergonhoso, mas ainda assim, a risada do rapaz acabou a contagiando a rir também.
As brincadeiras e as conversas seguintes eram repletas de risos e vermelhidão por parte da menor.

- Eu gostei de você. - Disse a menor ao saírem da cafeteria. - Você é muito divertido.

Era um elogio simples, mas o sorriso e a forma como ela havia falado, fez com que um sentimento estranho recaíssem no rapaz.

- Você também é muito interessante. Podemos manter mais contato? - Pediu ele.

O sorriso e a reposta positiva da menor o alegravam.
Como da última vez, Hanamiya se prontificou em levar a jovem para casa, mas acabou parando no meio do caminho, apreciando como os olhos azuis opacos da menor eram brilhantes e seu sorriso alegre em sua face se destacavam no cair do dia, o passo leve da garota combinava com os sons fracos das ondas calmas do mar, assim como a sua risada.

- Você é realmente lerdo! - Gritou S/N do outro lado da rua pouco movimentada. - Vem logo!

Pass it to me again!Onde histórias criam vida. Descubra agora