O jogo retomou com uma pequena disputa interna no time da Seirin que, no momento, era quem estava na frente de acordo com o placar. O tempo começou a correr, sinalizando que logo o penúltimo quarto terminaria.
Não parecia importar o quão determinados estavam os jogadores da Kaijo, o time branco não diminuía o ritmo, constantemente marcando e impedindo a passagem da bola entre os azuis. A pedido do irmão, S/N diminui o próprio compasso, se limitando para não extrapolar e permitir que os garotos também jogassem e demonstrassem que tinham força para combate.
Mesmo com a briga boba de Hyuga e Teppei, ambos estavam em sincronia com os passes, marcando pontos o quanto conseguiam.
A intensidade da Kaijo é forte, não tinha quem negasse isso. Mas a Seirin é igualmente forte.
A diferença de pontos só crescia com o passar dos segundos do último quarto. Kise sentia-se ansioso e com medo de perder novamente não apenas para a Seirin, como também para a garota que jogava com um disfarce e um sorriso no rosto. Aquilo era apenas um treino para ela.
Atraindo olhares, a Rakuzan finalmente entrou em cena, sentando-se nas arquibancadas. Não demorou para que o capitão de cabelos rosados percebesse o corpo pequeno em meio aos jogadores da Seirin, um sorriso surgiu em seus lábios ao pensar no que uma garotinha como ela estava aprontando fazendo ali.
O time que assistia o jogo começou a cochichar sobre a Seirin, logo pedindo a opinião do capitão.
- Bem, dá para entender como eles chegaram às semifinais. - Disse o garoto de olhos bicolores. - Eles jogam bem, nem parecem um time do segundo ano. A Kaijo é um bom time, mas não podem enfrenta-los sem o Ryota. Segundo nossos olheiros, o Ryota está no banco por causa de uma lesão. Até então ele usou sua nova técnica por cerca de três minutos. Considerando as habilidades dele e o fato do Ryota só ter dois minutos para usar sua habilidade, se a Seirin conseguir ficar alguns pontos na frente eles vencerão.
O silêncio reinou para que a atenção fosse tomada pelos olhos dos espectadores, contudo Reo Mibuchi não consegui tirar os olhos afiados de uma cabeleira morena que marcava pontos mais do que qualquer um da Seirin.
- Eu não consigo reconhecer o número 1 da Seirin, você o conhece, Akashi? - Questionou o rapaz.
- Makoto, fazia parte da geração milagrosa. Melhor do que qualquer um dos outros, mas nunca conseguiu me vencer. - Mentiu descaradamente, mesmo sabendo que ele que nunca conseguira vencer a garota tanto no basquete quanto no shogi. - É um cara que derrotaria Aomine, Ryota, Atsushi e Kuroko facilmente.
- Espero que joguemos contra ele. - Comentou Nebuya.
S/N não se conteve, deixou o time cinte pontos a frente da Kaijo, diminuindo drasticamente as chances de vencerem. Faltando quatro minutos de jogo o craque do time azul entrou, Testsuya o acompanhou em troca de Izuki no qual se sentou no banco sentindo as pernas doerem. Kise sabia que não poderia fazer muito quando o castanho falsificado começou a marca-lo.
Aomine chegou no final do jogo sendo empurrado pela Satsuki, ambos chegaram à tempo do clímax do jogo, que seria quando o juiz apitasse e uma disputa intensa entre Kise e S/N começasse.
A Kaijo mal estava aguentando. Se esperassem mais poderiam ficar desmoralizados, só por isso tirar o Ryota do banco se tornará uma boa ideia. Mas faltando quatro minutos de jogo e dois minutos de Cópia Perfeita. Mesmo que o loiro não cometa erros, seria impossível alcançar a diferença de pontos que S/N estava disposta a aumentar.
A menor sorriu ao ver os olhos focados do mais velho, os olhos dourados que incitavam raiva e a vontade de ganhar não apenas por ele.
- Olhos de Dragão. - A garota brincou perto do irmão.
- Por que ele está faminto pelo ouro da vitória? - Questionou.
- Exatamente.
O jogo começou rapidamente, nenhum dos times poderiam baixar a guarda no momento. No instante em que Kise teve posse da bola, foi marcado pela garota que o olhava seriamente, ela não duvidava das habilidades do garoto, mas não segurou de sorrir com os olhos sérios e os movimentos de Aomine e Akashi.
A mais nova fingiu um movimento falso, permitindo que o loiro passasse por ela e marcasse uma cesta.
- Makoto! - Chamou o capitão. - Se você não consegue enfrenta-lo, volte para o banco!
- Calminha, capitão. Eu estou começando a me divertir aqui.
Diversão que incitou o loiro em mostrar sua cópia do irmão e dos outros membros da Geração Milagrosa, mas nenhuma jogada semelhante ao de S/N, o que comprovava que ele não conseguia copia-la.
Com um sorriso gigante no rosto, a garota teve posse da bola, logo sendo marcada pelo loiro e seus olhos que desejavam a vitória. Recuando dois passos, a garota juntou os pés em um e, repentinamente com um expressão de choque, fingiu cair no chão fazendo com que o loiro corresse em direção a ela na esperança de conseguir a bola, contudo, quando ele estava perto o suficiente, ela o driblou.
Com um giro ela lançou a bola na linha dos três pontos. Ryota olhou o placar enfurecido, mesmo com todo o seu esforço, ela ainda assim era melhor que ele, ainda conseguia dribla-lo e marcar pontos.
O ódio cresceu com o desespero, ele tentou passar pelas barreiras enormes que a garota colocava perto do aro, mas, ao invés de diminuir a distância de pontos, Makoto conseguia aumentar ainda mais.
Quando o apito soou novamente, os pontos da Seirin estavam na casa dos oitenta, enquanto a Kaijo mal chegara na metade do sessenta.
A garota esboçou um sorriso pequeno ao loiro e lhe estendeu a mão, como se fosse uma trégua entre eles para que pudessem, ao menos, serem civilizados. O mais velho olhou-a rígido, apertou com a mão trêmula a da garota, que começou uma disputa de dedões, fazendo o loiro rir ao perder até mesmo em um estúpido jogo infantil que ambos faziam anos atrás.
- Espero que possamos jogar novamente em breve, Kise.
- Eu também, S/N. - Sussurrou o maior com lágrimas nos olhos que se seguravam para não serem derramadas.
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Pass it to me again!
FanficNão há provas. Contudo, naquela hora, todos sentiram. São os prodígios da década, a Geração Milagrosa. Não há jogador à sua altura. Mesmo que um surgisse, seria num futuro distante. Ou assim parecia. Ouviram o som de uma porta. O som da porta onde s...