Treinos e mais treinos. Era isso que os garotos precisavam caso quisessem derrotar seu adversário.
É cansativo treinar entre os jogos, mas eles não tinham muito tempo, isso era fato. O quanto que eles fossem aprender, principalmente Taiga, não dependeria de resistência, mas da força mental de si mesmos. O time se mantinha focado nos treinos. Kuroko se dedicava com a ajuda de Aomine e da irmã, que ajudava em intercalando com o ruivo, que treinava ao lado de Alexandra.
O terceiro dia da Copa de Inverno. Todos os jogos da primeira rodada aconteceram nos dois primeiros dias. Das 50 escolas participantes, sobrou pouco mais da metade, apenas 32. A segunda rodada de jogos. As 32 escolas restantes se reúnem na quadra, incluindo as classificadas. Neste dia, com 16 jogos, todos os times se enfrentarão.
O ponto forte do adversário é o jogo lento de meia quadra, a Seirin é um time rápido, então seria mudada a formação inicial para avaliar as jogadas. Os titulares seriam os jogadores do segundo anos.
Mas, não estava sendo um jogo como o previsto.
E existiam dois motivos para isso. O primeiro, é que a Seirin está longe do seu melhor momento, contra a Touou, os cinco jogadores da Seirin deram 120% de si, algo que raramente acontece. E algo impossível de fazer em todos os jogos. E o segundo, seria o simples fato da Seirin ter derrotado a Touou. Não se deve abaixar a guarda depois de uma vitória, mas, inconscientemente, todos fazem isso após uma vitória. Não existe ser humano perfeito, além disso, a confiança e a arrogância são dois lados da mesma moeda, ou seja, no jogo que corria ali, o maior inimigo da Seirin, era eles mesmos.
Mas isso pode ser resolvido com as falas de Junpei e a força bruta de Riko, permitindo que o time vencesse.
- Teve medo que perdessem? - Questionou a azulada.
- Tive. - Respondeu Alex. - Você devia estar lá embaixo.
- Aqui eu tenho um ponto de vista mais amplo.
A loira não evitou de sorrir. Ambas se conheciam há um bom tempo e a loira foi a primeira a saber sobre o caso de S/N com Makoto, sendo ela, mesmo que de longe, acolhendo a menor. Sabia como doía um coração partido por uma traição, assim como sabia o tempo que levava para curar.
Ela estava preocupada com a amiga, na qual tinha um grande sentimento amoroso. Ela a amava, por mais que soubesse disfarçar. Mas a amava tanto, que não a impediria de ir com outra pessoa, por mais que doesse.
- Você conseguiu superar? - Questionou a loira.
- Como assim?
- Hanamiya. Conseguiu? - Foi uma pergunta sem resposta. - S/N, você voltaria com ele?
- Eu... eu acho... não, não voltaria. - Respondeu ela relutante, logo sendo abraçada pela mais velha.
O abraço presencial da amiga era tudo o que precisava para a mais nova desabar em lagrimas, mas agora estava tudo bem, porquê ela já sabia o que iria fazer.
A Seirin venceu o segundo jogo da Copa de Inverno, os outros membros da Geração Milagrosa também venceram seus terceiros jogos. No quarto dia jogaram sua terceira partida, os levando para as quarta de final. Na terceira partida da Yosen, assistida por Alexandra e S/N aconteceu algo inédito, o placar resultando em 81 pontos feitos pela Yosen e nenhum feito pelo adversário.
Enquanto ambas saiam da partida, se encontraram com o time da Yosen, logo Himuro reconheceu a técnica, na qual se alegrou e pulou para abraçar o pupilo.
- Tatsuya! Que saudade!
- Que surpresa te ver. Quando chegou ao Japão? - Questionou o garoto, logo atraindo a atenção do time. - Ah acho que não fomos apresentados, sou Tatsuya Himuro.
- Prazer, sou Kuroko, S/N Kuroko. - Disse a garota em um leve aceno de mão.
Que linda. Pensou o rapaz, mas o rapaz logo foi tirado de seus pensamentos pela tentativa de beijo de Alex, na qual foi interrompida pelo moreno.
- Não faça isso, Alex. - Começou o garoto. - Aqui as pessoas não se beijam assim.
- Quê? Que chatice.
- Por que não achamos um lugar para ficarmos a sós? Com licença, posso dar uma saidinha? Isso, é claro, se Kuroko permitir levar ela. - Questionou o maior olhando para a azulada, depois para o time.
- Por mim pode levar, ela é um peso morto. - Respondeu a garota, logo recebendo um olhar da loira, na qual mostrou a língua.
- Sim. - A voz cansada fez com que as costas de S/N se arrepiassem, ela conhecia aquela voz exausta por nada de longe, principalmente quando a mão exageradamente grande se comparada com a dela, se pôs em seu ombro. - Eu também tenho que por o papo em dia.
Um suspiro foi dado pela menor. Ele e Hanamiya eram iguais, usavam aqueles que bem entendiam para si mesmos. Algo que ela assimilou a pouco tempo. Atsushi foi seu amor juvenil, assim como ela foi o dele, mas o fato de que, ele foi um dos que a entregou para Akashi e o sentimento de traição assim que as suspeitas foram confirmadas, fez com que ambos perdessem essa paixão.
- Posso conversar com você? - Questionou o maior.
- Claro. - Foi a única resposta obtida e logo seguiu caminho para o lado oposto de Alex e do time, sendo seguida pelo arroxeado.
- Volte para o hotel depois! - Pode ser ouvida a voz do técnico da Yosen.
Eles não foram muito longe, apenas o suficiente para conversarem a sós. Isso lembrou dos velhos tempos, onde ambos ficavam até tarde na escola, apenas para conversar e ficar de mãos dadas, com pequenos selinhos, pois nenhum tinha coragem de algo maior.
- O que quer falar?
- Eu vou enfrentar seu irmão amanhã.
- Eu o que eu tenho haver com isso?
- Eu quero pedir algo... considere uma aposta. - Tais palavras chamaram a atenção da mais nova. - Se eu vencer, sem joguinho sujo como a Kirisaki Daiichi, sem conselhos do Akashi ou ordens dele, se eu apenas conseguir ganhar... eu... eu quero uma chance, assim como Hanamiya teve e se a gente perder o jogo, eu faço o que você quiser. Eu nunca mais falo com você, eu peço desculpas, tudo. Tudo o que você quiser.
Aquilo a pegou de surpresa. Algo que era impossível de imaginar era o simples fato do arroxeado ter ficado sem dormir e ter chorado quando soube da verdade, ter o coração partido, mas ainda assim, ama-la, querer tê-la e saber que não a teria.
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Pass it to me again!
أدب الهواةNão há provas. Contudo, naquela hora, todos sentiram. São os prodígios da década, a Geração Milagrosa. Não há jogador à sua altura. Mesmo que um surgisse, seria num futuro distante. Ou assim parecia. Ouviram o som de uma porta. O som da porta onde s...