- Não foi uma pergunta retórica! - Completou Paulo com a mão ainda apertando meu braço.
- Eu, eu não sei! - Me rendi com seu olhar tenebroso - Do que está falando? Te fazer de otário? Não estou entendendo! - Minha respiração ofegante triplicou de medo.
- O CARA NA BOATE! - Gritou - O FILHO DA PUTA DA BOATE! - Não conseguia responder nada, só abrir e fechar a boca várias vezes, perdida na minha trama - Engraçado - Sorriu pelo nariz. - Eu perguntei se você o conhecia e você simplesmente mentiu que a vadia da sua amiga saiu com ele, quando na verdade foi a sua buceta que ele comeu! - Atingi seu rosto com a mão que me restava livre.
- Ouça bem - Levei o dedo ao rosto dele. - Não vou permitir que me falte com o respeito!
- Ouça bem você, Aurora! - Deu ênfase ao meu nome. Enquanto as pessoas que passavam na rua estavam nos olhando com pavor. - Nunca mais - Puxou os cabelos próximo a minha nuca com força. - Volte a me bater ou eu faço você desejar jamais ter nascido! - Me fuzilou com os olhos. - Entra na droga do carro, vadia de merda! - Abriu a porta e me empurrou.
- Me solta! - Me bati até que me soltasse. - Eu sei andar sozinha! - Decidi apenas obedecer, além de eu estar com medo do que o Paulo impulsivo poderia me fazer.
Fechou a porta do carona e eu apenas acompanhei seus passos rápidos e furiosos que deixavam um vento por onde passava.
Fomos o caminho inteiro em silêncio, e eu particularmente com medo daquele carro capotar a cada esquina que o Paulo dobrava.
Eu tinha razão em ter medo, na terceira esquina que ele dobrou, acabou jogando o carro na contramão, quase nos matando, por sorte a pessoa do outro carro vinha numa velocidade regular e freou assim que a "lambô" amarela clareou na curva.- OLHA A ESTRADA, IMBECIL! - Ele gritou como se não fosse o culpado.
Cocei para dizer algo, mas se tinha resquício de paciência era pouca demais para eu brincar de morrer.
- Entra! - Paulo disse abrindo a porta do apartamento. Parecia estar mais calmo. Só parecia.
Paulo passou para seu quarto e me deixou sentada no sofá esperando não sei o que.
- Dybala, eu preciso ir para casa! - Gritei impaciente de tanto esperar - O meu pai já deve ter chegado!
- Não estou nem aí! - Sorriu sinicamente.
Me levantei para ir em direção a porta já cansada de todo aquele teatro.
- Senta aí! - Paulo manuseava um 38 nas mãos. Me sentei de imediato, sem nem exitar - Você não sai daqui até eu dizer que pode sair - Ele dizia tudo com muita frieza na voz.
- Paulo, eu não tenho tempo para cenas bobas de ciúmes, preciso ir para casa! - Tentei ser direta e não irritar ele ainda mais.
- Ciúmes? - Sorriu alto - Ciúmes? Não! - Balançou a cabeça em negação - Você não é tão linda e tão gostosa ao ponto de me provocar ciúmes - Eu só conseguia olhar para a pistola que dançava em sua mão - Aliás, puta alguma!
- E ainda assim insiste em manter uma possessão horrorosa sobre mim! - Disse simples, e ele apenas olhou nos meus olhos, bem fundo nos meus olhos.
- Um capricho, nada mais que isso - Se sentou do meu lado no sofá - Saiba que você não significa nada pra mim! - Passou o braço que segurava a arma ao redor do meu pescoço, a escorando em meu ombro - Eu só quero te foder!
- Já terminou as ofensas e essa falsa mentira para encobrir o seu amor por mim!? - Mordi os lábios - Não sou nenhuma vadia nem todas as merdas que você falou, e se eu não significo nada, não se meta na minha vida. O que faço ou com quem transo, é problema meu! - Botou a boca da arma no meu pescoço - Calma, Paulo! - Disse quase chorando com as mãos rendidas.
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𝙻𝙰 𝙹𝙾𝚈𝙰 💎 𝙿𝙰𝚄𝙻𝙾 𝙳𝚈𝙱𝙰𝙻𝙰
FanfictionPaulo Dybala é um gangster com espírito de vingança que encontra sua obsessão em uma garota que vai contra tudo o que ele já viu. Uma história com muitas mentiras onde a verdade tende a ser decepcionante.