Capitolo quattordici

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Turim.Itália
12:00h

Aurora's POV

Como todos os dias a hora do intervalo é hora sagrada do trio cômico entrar em ação. É nessa hora que viramos o terror dessa universidade. Perturbamos à todos, principalmente as patricinhas.

Nos sentamos na mesa da mesma lanchonete de sempre e pedimos algo enquanto falávamos da vida das pessoas alheias. Olhei para os lados à procura de alguém que no momento, senti falta. Chris. Achei que ele não viria à aula, mas acreditem, ele veio. Que afrontoso. Bem, até porque Paulo não pode entrar (não sei como ele ainda não encontrou uma forma), então ele fica tranquilo em relação a isso. Porém, aqui fora é diferente, todos têm liberdade, inclusive o senhor Paulo Dybala.

Para um hacker, ele é bem corajoso. Ele estava sentado em uma mesa isolada num canto do ambiente. Precisava saber por que o Paulo estava atrás dele. Eu poderia usar o Dybala para tentar descobrir, mas se fizesse isso a usada seria eu. Deixa isso para lá.

- CHRIS? - me levantei parando em sua frente, atrapalhando a sua passagem. - Ah...
Ele ficou me encarando com uma das sobrancelhas arqueadas pelo modo estranho que eu reagi e provavelmente pelo grito que eu dei.

- Ei, calma! - deu um meio sorriso. - Em que posso ajudar?

- Desculpa! - soltei o ar que estava preso em meus pulmões junto a um sorriso sem graça.

- Tranquilo! - um sorriso completo e extremamente lindo se formou em seus lábios.

- Bem, tem um tempo?

- Hum rum.
Fiquei até meia tonta de tantas vezes que ele assentiu com a cabeça.
- Senta! - puxou uma cadeira.

- Serei breve. - entrelacei os dedos das mãos e as apoiei sobre meu colo. - É que... Estou com um pouco de dificuldade no entendimento de algumas matérias e me disseram que você é o mais indicado e paciente da turma que provavelmente estaria disposto a me ajudar! - dei um dos meus melhores sorrisos.
Ele sorria e balançava a cabeça, não negando o meu pedido, pelo contrário, debochava do meu jeito desesperado de me comunicar.
- O que foi, disse algo errado? - sorri sem entender completamente nada do que estava acontecendo.

- Não, não!! - rendeu as mãos - Gosto do seu jeito!

- Isso é um sim?

- Com certeza! - tocou a ponta do meu nariz com um dos dedos.
Meus olhos reagiram imediatamente como sempre reagem com um susto: piscando.
- Quando quiser e estiver livre, me comunique!

- Eu gostaria que fosse agora e...e estou livre! - abri os braços em forma de rendimento, voltando a juntar as mãos fazendo um estalo ao se chocarem uma com a outra. - E você, está?

- Vamos então, senhorita! - se decidiu após inclinar a cabeça. - Na biblioteca está bem?
Assenti.

Chris colocou as mãos em minhas costas. Olhei para Luka e Megan, que estavam presenciando aquela cena sem entender. Fomos para a biblioteca, e nos sentamos em uma das grandes mesas da sala enorme preenchida de prateleiras com livros e mais livros.

Chris pôs sua atenção em mim, completamente em mim. Fiquei sem jeito.

- O que foi?
Não respondeu e continuou me encarando.
- Por que está me olhando desse jeito?

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