Capitolo trentasei

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Paulo Dybala's POV

Olhei mais uma vez no relógio de pulso e estou disposto à entrar na casa de Aurora e arrancar ela da frente do espelho pelos cabelos.

Quando foi que eu perdi o juízo para permitir que ela fosse à boate? Mas também, quem é que resiste a chatice e teimosia de uma mulher?

Já estava ficando com um tic nervoso de tanto esperar.

- Paulo...
Olhei para Douglas pelo retrovisor.

- Hum?

- Alguém espetou o dedo da sua namorada? - Alex disse e olhou o relógio de pulso. - Porque ela está demorando muito!
Revirei os olhos.

- Alguém da gangue sabe do seu lance com a filha do delegado?
Arqueei as sobrancelhas.

- Não sabem que é a filha do delegado! - disse algo após ficar em silêncio perante a pergunta. - E, minha vida não lhes diz respeito, por que saberiam de algo?
Douglas inclinou a cabeça para o lado.

- Sua vida diz respeito à muita gente. - ele se endireitou no banco de trás.

Aurora's POV

Faltava apenas uma coisa para que eu estivesse pronta e, infelizmente, ela não estava aqui, mas vou pegar de volta.

Peguei um par de argolas do pequeno porta-jóias em cima da penteadeira. Enquanto os colocava via a tela do meu celular acender repetidas vezes e desta vez não é o meu pai, pois já o atendi e disse que estava tudo sob controle por aqui. Quem me liga é a Megan, não conversamos após a pequena discussão que tivemos noutro dia. Não à atendi antes, não atenderei agora.

- Meu perfume... - olhei em volta da penteadeira bagunçada e logo o encontrei.

Olhei pela última vez no espelho antes de sair.

Saí de casa e logo avistei Paulo nervoso andando de um lado para o outro na calçada, até que me viu. Paralisou seus olhos sobre mim por um tempo, em seguida balançou a cabeça, provavelmente para se livrar do transe.

- Podemos?
Molhei os lábios e assenti com a cabeça.

Ele abriu a porta do carro para que eu entrasse. Eu esperava que ele dissesse algo como um elogio, talvez um "está bonita", mas acho que estou sonhando alto demais. Pelo menos ele foi cavalheiro e me abriu a porta.

- As vezes tantas horas de espera compensa. - Douglas disse ao me observar .- Está muito linda! - sorriu de uma forma tímida e fofa.

- Você é que está lindo! - sorri de volta.

- Ele usou as melhores palavras - Alex debochou. - para dizer que está...
Olhamos para o Paulo e ele tinha as mãos no volante, concentrado na pista.

- Ah, de qualquer forma, agradeço! - sorri. - Ao menos não estão escondendo seus sentimentos!
Os garotos reprimiram o riso.

Passou um tempo até chegarmos ao nosso destino. Paulo parou o carro em frente a tal casa noturna e não imaginei que fosse tão "moderno", imaginei uma orgia, prostitutas para todos os lados, homens mal vestidos e assim por diante. Mas era tudo ao contrário, o ar tinha peso de gente importante, talvez fosse por isso que estivesse tão comportado o ambiente.

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