Capitolo quarantatre

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Paulo Dybala's POV

O sábado chegou, e como todos sabem é dia de festa na boate, provavelmente casa cheia, pois o dono e sua esposa estarão presentes. Tudo que eu preciso.

Ajeitava minha gravata de frente para o espelho, enquanto pensava em um jeito de arrancar toda a verdade da senhora Agnelli, se é que é assim mesmo que ela se chama. Creio também que não será fácil ter uma conversa com aquela senhora, onde tudo tem que ser do jeito dela e na hora que ela quiser.

- Aí, seu baitola! - Alex disse e olhou o relógio de pulso. - Vamos nos atrasar!

- Já estamos atrasados, bocó! - Douglas passou e lhe deu um leve tapa na cabeça. - A princesa vai sair da frente do espelho ou quer que eu chame um príncipe?

- Me contento com a sua mãe! - me virei e pisquei para o mesmo. - Então, vamos?

~

Como eu disse: Casa cheia!

Desci do carro já rodeado de putas. Não quaisquer putas. Vadias prendadas e com saudade. No que eu me transformei, onde está o cara que come várias em uma única noite? É "aquela garota", que tira todo meu desejo por outras e o concentra em si.

Entrei no bordel e como sempre sou recebido como dono (e eu sou).

- Ora!
Desviei o olhar no mesmo instante.
- O que temos aqui!
A encarei com um sorriso cínico nos lábios já que não era mais possível fingir que não a vi.
- Veio sozinho?

- Não preciso de mais nada que não sejam as minhas pernas! - molhei os lábios. - Ou o meu carro!

- Parece que sua namoradinha não está fazendo o serviço completo...
Arqueei as sobrancelhas.
- Porque estou te achando meio zangado, geralmente você está sempre cansado e exausto das noites passadas!

- Paulo! - um dos gângsters me estendeu a mão e eu a apertei. - Gosta de casa cheia, não é mesmo!? - deu uma leve risada.

- Então, sabe se o Andrea já chegou?

- Sim, faz tempo que ele chegou com a esposa. Agora a pouco estavam sentados na mesa do salão, conversando com alguns caras, parecia gente importante.

- Muito obrigado! - assenti com a cabeça. - Será que poderia dizer ao manobrista para estacionar o meu carro? - entreguei as chaves à ele. - Tinha tanta vadia ao redor que tive medo de acabar atropelando alguma!
Ele sorriu.

Dei-lhe dois tapinhas no ombro e andei um pouco, em busca do meu principal motivo de estar aqui.

Fui obrigado a parar no meio do caminho por causa de vadias que começaram a se jogar em mim e a me oferecer bebida.

- Está sozinho hoje!
Revirei os olhos.
- E me parece nervoso, tenso...

- Eu acho que você precisa de uma massagem! - outra interrompeu enquanto passava a mão em meu peito.

- Desculpe desapontá-las, meninas, mas não quero me atrasar! - tentei sair.

- Qual é a graça de ser dono de metade de tudo e não poder chegar atrasado?

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