Capitolo Sette

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- Qual é o seu plano, jovem? - Aurora não calou a boca desde que entrou no carro. - Me torturar até que eu fale os projetos do sr.Will?
Coloquei uma das mãos na testa.

- Talvez me manter em cativeiro, sem comida e sem água.

- Olha... Todas as opções são ótimas - me virei para trás. - Qual delas deseja executar primeiro?
Em sua boca um perfeito O se formou.
- Se me permite opinar, na verdade acrescentar - franzi a testa e aumentei um pouco o tom. - poderíamos colocar uma fita nessa sua boca que não para de se manifestar! 

- Para onde vamos?

- Minha casa.

- Aderiu a ideia de me violentar também?

- Para pensar em tamanha idiotice, talvez seja porque queira.

- Não se engane, moleque. - ela fez aquela cara que todas fazem quando não querem admitir que estou certo.
Sorri de canto balançando a cabeça.
- E agora?

- O que? - parei o carro.

- Esse seu sorrisinho.

- Ah - dei de ombros.
Abri a porta.

Aurora's POV

- Que lugar é esse? - olhei para fora pelo vidro do carro. - Por acaso mora em um puteiro? - arranquei uma das gargalhadas gostosas dele.

- Espera no carro. - eu já havia me apaixonado pela voz e o sorriso da pessoa, e ela vai e fala sorrindo.

- Acha mesmo que vou ficar aqui esperando você comer uma de suas vadias?
A última coisa que vi antes dele sair em direção ao puteiro foi um revirar de olhos.

Pode ser lindo, um homão da porra, gostoso, mas lhe falta inteligência, pois deixou o carro aberto. Ah, mas ele estava perto. Bem... Eu poderia correr até o ônibus que está prestes a dar partida. Boa ideia, Aurora. Abri a porta ligeiramente, coloquei os pés no chão e me levantei pronta para disparar. Me choquei com algo sólido.

- Au! - levei as mãos à testa atingida. - Malhe um pouquinho mais e assim vai conseguir causar traumatismo craniano nas pessoas!

Não sei de onde saiu aquela Besta.

- Já é a quinta vez que tenta fugir hoje. - o satanás voltou.
A besta saiu da minha frente.
- Não se cansa? - bateu a porta após me olhar cinicamente. Entrou, ligou o carro e cantou pneu.

- Quero meu celular.

- Me convença.

- Onde ele está?

- Joguei fora.
O olhei com cara feia.
- Desliguei. Sua amiguinha chata não parava de ligar. Marcou de ir fazer as unhas com ela?

- Provavelmente não me encontrou em casa, porque fui RAptAda.

- Ah, não! - ele bufou. - Não falo dessa amiguinha. Me refiro àquela que foi ao hospital te ver.

- Você não atendeu, não é?

- Claro que sim, não podia fazer desfeita com a princesa.

- Eu estou ignorando esse imbecil a exatamente cinco dias e você do nada decide atender uma ligação do MEU celular? - berrei.

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