Capitolo quarantaquattro

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- Paulo? - Andrea me chamava para um drink.

- E então? - Douglas me pressionava, esperava alguma ordem quanto ao que fazer com o novo "problema". - Agora não somos apenas nós a saber o segredinho sujo do delegado! - tentava disfarçar a preocupação no tom de voz para não chamar atenção.

- E acha que eu não sei disso!? - levei as mãos a frente da boca buscando alguma solução. - Maldito Christian! - soquei a mesa que havia ao meu lado, fazendo as pessoas que estavam nela se assustar.

- O que vai fazer a respeito?

- Paulo, você vem?
Assenti para Andrea que parecia ter pressa.

- Tenho certeza de que ele e a Aurora se comunicam -  olhei Douglas nos olhos. - Ela de jeito algum pode saber disso!

Ficamos em silêncio por um momento. Olhei para Andrea e ele já estava impaciente com a minha demora.

- Diga ao Matt que eu estou esperando respostas do nosso plano de atrair Chris de volta a Turim.

- Sobre isso... - Douglas quase miou de tão baixo que sua voz dói ficando. - Houve um probleminha!
Respirei fundo.
- Parece que Chris conseguiu salvar a família do sequestro.

- Ah, era tudo o que eu precisava! - me alterei.- Mas será que aquele imbecil não consegue fazer nada direito?

- Ainda não terminei! - Douglas falou mais alto. - A irmã mais nova
O olhei com atenção.
- Pegamos ela, porém não descolamos os trâmites para o embarque.

- Tratem de trazê-la para a Itália, já! - usei um tom autoritário e arqueei as sobrancelhas. - Por ora, é só!

Me recompus e segui até Andrea.

Aurora's POV

Me encontro sentada em uma mesa circular do lado de fora de uma sorveteria, esperando Megan, que fez deste lugar um ponto de encontro e enquanto espero desfruto de uma casquinha sabor flocos.
Com a atenção voltada totalmente para o celular, não havia percebido um homem se sentar na minha frente até o próprio abaixar o meu celular, fazendo com que eu o notasse ali.

- Caio! - disse eu surpresa.
Mas acho que me enganei, pois ele sorriu sem jeito.
- Carlos! - tentei outra vez.
Ele assentiu.
- Não sou muito boa com nomes.

- Está sozinha?
Desviei do olhar dele que me intimidou um pouco.

- Ah, não! - fiquei pensativa. - Sim! - balancei a cabeça, pois era uma situação embaraçosa. - Quer dizer, sim, mas em breve não!
Carlos disfarçou o sorriso.
- Ai, você não entendeu...

- Não, não! Entendi, está esperando alguém.
  Assenti e sorri sem graça.

- Por que eu não disse isso?
Ele não poupou risadas.
- Era tão simples! - sorri com ele.

- É um encontro?

"Nem um pouco invasivo" pensei.

- Digo, perdão pela pergunta, é só uma curiosidade! - voltou a ficar sem jeito.

- Não, estou esperando uma amiga. - olhei para o relógio de pulso. - Que aliás, está atrasada!

- Hmm... - molhou os lábios propositalmente e me encarou com desejo nos olhos.

- Como me encontrou?

- Acaso! - disse de um jeito estranho, alterado. - Claro, só poderia ser por acaso!

- Aah... - assenti consecutivamente.

- Não!
Paralisei com o sorvete na boca.
- Provavelmente a vontade de estar com você tenha feito nossos caminhos se cruzarem de novo!
Tossi desesperadamente com o sorvete entalado na garganta.
- Está tudo bem?

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