Capitolo dieci

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Turim ,Itália
07:40 da manhã
2 semanas depois.

Aurora 's POV

Estava me preparando para ir para a universidade de Turim (Sim,Turim). Decidir ficar, graças à insistência do meu pai (Sim também, meu pai). Quem diria não é mesmo? Meu pai mudou muito nessas duas semanas, eu nem acreditava, mas eu fiquei bastante feliz por isso, pois pela primeira vez na vida senti que tinha um pai, que ele estava presente e realmente ele estava. Tirava todo seu tempo livre para se dedicar a mim, até o tempo que não estava livre, ele tirava. Faltava no trabalho, dizia estar se sentindo mal. Tirou folga no trabalho e acredita? Viajamos! Fomos para uma casa no interior, livre da civilização, rodeada por uma extensão de campo.

- Filha, se quiser eu te deixo na Universidade. - ele olhou seu relógio de pulso - Tenho tempo.

- Sei muito bem senhor Pipes que nem sequer deveria estar mais aqui! - peguei as chaves do meu carro. - Além do que tenho meu carro, não preciso mais te atrapalhar. - aproximei dele e dobrei a gola de sua camisa. - Vai, tem um plantão de 24 horas te aguardando!

- Tem certeza de que vai ficar bem? Não gosto de te deixar aqui só.

- Quem seria louco de pôr as mãos na filha do delegado? -
Ele sorriu, sorri junto.

- Tem razão! - levantou um dedo ao ar. - O mataria em seguida. - me deu um beijinho na testa e saiu.
O acompanhei pois minha aula começava às 08:00h.

Entrei no carro e cantei pneu. Estacionei o carro. Olhei ao redor e a universidade era apresentável. Agora eu tenho uma vida nova, nova cidade, novos estudos e oito horas de aula para encarar.

- Let's go, Aurora!

Olhei para o papel em minhas mãos, procurando no mesmo em que turma eu entraria agora. Respirei fundo e dei meu primeiro passo para a universidade. E no segundo eu caí.


- Meu Deus, me perdoe!? não vi você aí! - o garoto se lamentava aos prantos e tentava se explicar até me notar estirada no chão com tudo espalhado por ele. - Nossa, deixa eu te ajudar.
Pegamos tudo do chão, inclusive a bola de futebol pela qual fui atingida. Ele não poderia simplesmente ter esbarrado em mim?

- Reze para que seu treinador não permita a entrada de garotas no time! - joguei a bola para ele. - Devolverei a bolada. - pisquei e ele sorriu.

- Raramente as garotas deste lugar sabem o que é uma bola.

- Uma bolada a mais por me subestimar.

- Vejo que está meia perdida. - olhou para o papel que eu tinha nas mãos. - Posso te ajudar e em troca você não me acerta com uma bola?
Gargalhamos.

- Ahh, pois bem, eu acho que... Na verdade, nem sei o que eu acho.

- Parece que vamos entrar naquela turma!
Olhei para ele.
- Venha, e seja bem vinda a University of Turin.

- Me chamo Aurora. Muito obrigada por me acertar com uma bola!
O garoto me olhou estranho.
- Caso contrário estaria perdida nessa universidade enorme.

- Ah - ele sorriu.
Não havia reparado ainda em como seu sorriso era bonito e ele também.
- Disponha não devolvendo, se bem que eu estou curioso para ver você e uma bola no mesmo ambiente, de preferência verde e gramado.

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