Capitolo trentuno

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Paulo Dybala's POV

- Tem certeza disso? - Douglas disse e se inclinou, afim de olhar para mim no banco de trás.
Alex, que estava no banco do carona, começou a carregar o fuzil e a se abastecer com pentes novos no colete.

- É justamente isso que eu me pergunto - peguei o celular, destravando a tela afim de ver a hora. - Se eles tinham certeza do que estavam fazendo quando decidiram me afrontar!? - disse totalmente seguro.

- Sabe quem deve deixar vivo, não sabe? - disse e tirou as mãos do volante. - Precisamos descobrir se a perseguição e o sequestro foram apenas por vingança ou tem algo à mais.

- É... eu sei - Molhei os lábios. - Prometo dar uns dois tiros naquele nerd infeliz apenas!

- Um tiro - rendeu as mãos. - No máximo!
Alex bufou.

- Para de baitolice, Douglinhas! - respondeu com uma voz embolada por estar mascando um chiclete. - Vai cagar no crime agora?

- Está consciente de que os caras vão cair matando para cima de você!?
Revirei os olhos e fiz o mesmo que Alex, carreguei a arma e inseri o silenciador.

- Vão cair - inclinei a cabeça e segurei na maçaneta interna do carro. - mortos! - completei e desci do carro. - Como vamos entrar sem fazer alarde? - apertei os olhos por causa da claridade que dificulta minha visão.

Olhei ao redor do casarão fechado à grades e com vigilantes.

- Passamos fogo nesses caras! - Alex desceu também e andou até mim. - Silenciadores - sacudiu a arma. - Lembra?

- Não falo dos caras. - olhei para o portão. - Eles são o de menos, me preocupo com o sistema de segurança!
Douglas me olhou.

- Hmmm... - balançou a cabeça. - Essa missão é um fracasso! - se aproximou do portão.

Um sistema de vigilância que não tem câmeras. Que "inteligente".

- Calma! - sorri de canto. - Vamos encontrar uma forma de entrar. - disse simples.

- Como vai arranjar as digitais de alguém daqui? - cruzou os braços. - Um simples dedo pode estragar seus planos!

É do que precisamos. O dedo de um dos membros da gangue é literalmente a chave.

- Aí galera! - Alex inclinou a cabeça para o lado, mostrando alguém.
Nos escondemos atrás dos carros estacionados, próximo às calçadas.

- É uma boa oportunidade! - Douglas sussurrou.

- Mas como vamos fazer isso?
Revirei os olhos para Alex.
- A gente...
Fui andando agachado até a lateral do carro e atirei no cara parado no portão.
- Esquece!
Estendi a mão e fiz gestos para que eles viessem.

- Matamos ele? - Douglas parou em frente ao cara encostado no muro e chutou o celular de suas mãos.

- Desgraçados! - o homem resmungou enquanto tentava conter o sangue do lugar atingido.- Vocês vão pagar!

- Não. - sorri cinicamente. - Só precisamos do dedo! - me abaixei.

Coloquei as mãos no bolso e tirei um canivete. Douglas e Alex o seguraram, pois ele ia reagir. Puxei seu dedo indicador e o tirei fora. O sangue acabou respingando na minha calça. No mesmo instante o idiota começou a agonizar e gritar.

- Podemos entrar agora?
Me olharam com cara de pavor.

Coloquei o dedo inundado sobre o sistema. O portão foi destravado.

- Vamos passar fogo nesses filhos da puta!

- Cala a boca e entra logo Alex! - Douglas passou rasgando por nós dois (parece que alguém está mais ansioso que eu).

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