Capitolo diciannove

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Faz alguns minutos que acordei, mas ainda me mantenho deitado na cama. Ia me levantar, mas parei ao ver que meu braço estava embaixo da cabeça de Aurora e não queria acordá-la tão cedo. Nem mesmo sei o que eu faço acordado a essa hora da manhã. Voltei a me encostar na cabeceira enquanto minhas mãos acariciavam seus cabelos. Aurora deu um suspiro.

- Por favor, me diga que eu não transei com você? - sua voz era sonolenta, embolada e abafada pelo cobertor. - De novo! - completou com os olhos ainda fechados.
Sorri.

- Está apenas sonhando. - brinquei sorridente.- Sou fruto da sua imaginação!

- Insinua que eu quero estar com você?

- Hum. - juntei as sobrancelhas.

- Pois saiba, - abriu os olhos e endireitou-se na cama - Paulo Dybala
Sorri de canto.
- Que não é bem assim!

- Ah, não!
Me encarou.
- Por que está aqui então, Aurora Pipes?
Suspirou novamente vindo ficar em cima de mim.

- Seu sexo é bom!
Sorri e ela sorriu de mim.
- Por isso eu voltei.

Nos encaramos por alguns segundos até que isso me levou à beijá-la. Deslizei as mãos por suas curvas, parando em sua bunda e a apalpando com calma. Aurora se deitou em meu peito e ficou entre minhas pernas.
Meu celular tocou. Olhei a tela e desliguei.

- Não vai atender?
Neguei com a cabeça.
- Que vidinha mais ou menos, te ligam em plena 07:00 horas da manhã!
Sorri novamente.

- Bem, somos kits em vidas mais ou menos. Preciso ir, meu pai estará em casa logo logo! - tentou se levantar, mas a puxei. - Na verdade, eu nem deveria estar aqui.

- Seu pai está ocupado! - a deitei na cama. - E ainda são 07:00 horas, como você disse, é cedo. - disse desligando o celular que tocava novamente.

- Paulo? - puxou o lençol e o segurou rente ao seu corpo e ficou em cima de mim novamente.

Meu celular tocou, ela o pegou e o jogou em um canto qualquer do quarto. Arqueei as sobrancelhas e  sorri sarcasticamente.

- Posso te fazer uma pergunta?

- Já fez duas! - retruquei.
Aurora fez cara de deboche.

- Chris...
Desviei o olhar e inclinei a cabeça para o lado. A mesma segurou meu queixo, me fazendo olhar para ela.
- Por que está tão empenhado em pegá-lo?

- Por que eu te contaria alguma coisa sobre a minha vida? - sorri.

- Eu usaria o argumento " porque estou na sua cama" - revirou os olhos fazendo aspas com os dedos. - Mas tenho menos valor ainda por estar nela. Sem contar que estou sendo apenas mais uma.

- Verídico !
Me jogou um travesseiro no rosto.

- Nunca confirme a teoria de uma mulher.

- Por que está tão preocupada com aquele imbecil?

- Porque eu te contaria alguma coisa sobre a minha vida? - se sentou ao meu lado na cama.

- Por que a sua vida me pertence!
Ela gargalhou.

- Como é? - ficou de joelhos na cama. - Então a minha vida - sorriu mais uma vez. - lhe pertence?
Juntei os braços atrás da cabeça e a apoiei neles.

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