Capitolo ventisette

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Consegui ligar para Megan e atendi o senhor Will para que ele não colocasse a polícia em minha cola, melhor dizendo, para que ele não ficasse na minha cola.
Quando o Paulo quis ouvir, contei sobre o que aconteceu para que eu estivesse nesta situação desagradável que agora eu não posso sequer sair,  pois não posso ir embora porque o meu "dono" não me permite!
Tomei café com os garotos e o ele, antes de estar aqui, do lado de fora do prédio.
Estava à espera de um taxi para que pudesse me deslocar até a casa de Megan.
Um carro parou na minha frente, na pista. Subi o olhar que estava direcionado ao celular em minhas mãos, em seguida levantei a cabeça, travei o mesmo e guardei no bolso por ver o que não queria!

- Buongiorno!
Não respondi. Desviei o olhar dele à procura de um taxi disponível na rodovia.
- Não acha que depois de descobrir a minha identidade deveria me temer?
Sorri pelo nariz. Ele também não deixou de sorrir.

- Você continua sendo um zé ninguém, meu anjo! - Me virei, dando com a testa em algo sólido. Engoli seco e me virei de novo para ele. - O que é isso? - me referi ao fato de ter mais dois caras atrapalhando a minha passagem.

- Um sequestro! - disse simples e sorriu de canto.

- Me devolve isso!
Um dos brutamontes pegou o meu celular.

- Entra no carro! - ele não alterou exatamente nada do seu estado, provavelmente para não chamar a atenção das pessoas que andavam pela calçada.

- Se quer que eu entre - disse e olhei para trás. - Me force!

"Droga, Paulo, só aparece em hora errada, no momento em que preciso você desaparece! E como esse demônio sabia onde eu estava?"

- Seu namoradinho está ocupado e não virá te salvar!
Voltei a olhar para Álvaro.
- Se é isso que está se perguntando. Agora entra no carro!

- Já sabe a minha resposta! - sorri. - Devolve o caralho do meu celular!
Os caras me olharam com deboche no semblante.

- Aurora, entra no carro!

- Por que? Não pode simplesmente me forçar à entrar porque tem várias pessoas ao redor?

- Tola, essas pessoas não vão me impedir em nada!

Os caras atrás de mim se aproximavam.

- Coloquem ela no carro!
Recuei um pouco.

- Tira a mão! - gritei segurando a mão do infeliz e entortando seu braço.

- Opa! - Alvaro desceu do carro enquanto que o outro homem paralisou com mãos rendidas. - Estou até impressionado!

- Ai, isso dói! - resmungava o infeliz

- As poucas semanas de convivência com o seu pai lhe caíram bem!
Entortei um pouco mais a mão do bandido.

- VAGABUNDA! - gritou com seu corpo contorcido.

- Como me encontrou?

- Não é difícil para mim - ele revirou os olhos com um sorriso no rosto. - Sou um gângster, meu amor!

- Por que não me deixa em paz!?

- Eu disse que não seria fácil se livrar de mim!

- Não temos nada um com o outro, que insistência! - apertei e torci com mais eficiência a mão do sujeito.

- Aurora, chega disso, está em desvantagem! - se escorou no capô do carro. - Vai chamar a atenção dos pedestres!

- Eu não tenho absolutamente problema algum com isso, você tem?

Senti como se tivesse levado uma pedrada na cabeça que tirou a minha visão.

Paulo Dybala's POV

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