Capitolo trentacinque

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Ficamos abraçados por um tempo até Aurora se afastar, quebrando todo tipo de ligação e deixando o clima nublado outra vez.

- Olha - ela fechou os olhos enquanto respirava fundo. - Eu não ligo para você e não ligo para ela, mas juro que se eu ver aquela vadia com a MINHA corrente no pulso...
Contive o riso.
- Arranco ela de lá, com o braço!

- Vem! - peguei sua mão. - Senta aqui.
Ela puxou o braço.

- De você, quero unicamente distância!

- Aurora, desiste! - revirei os olhos. - Essas não são as minhas ordens, precisa que eu as repita para você? 

- Não, não preciso que repita essas idiotices! - disse num tom autónomo. - Elas não se aplicam à mim, se aplicam àquela vadiazinha!

- E qual a diferença entre vocês?
Ela me fuzilou com os olhos.
- São como dois leões que disputam território!

- Chega! Cansei dos seus insultos, cansei dessa sua indiferença e superioridade, não preciso disso!
Me sentei no sofá.
- Isso termina aqui, estou saindo da droga da sua vida e não ouse colocar sequer seus olhos sobre mim!
A encarei. Depois de um tempo nos observando, acabei sorrindo.

- Acho que já basta! - escorei os pés sobre a pequena mesa de centro.

- Quero a minha pulseira!

- Por que não a arrancou do braço da Camille? - sorri de canto.

- Não preciso de mais escândalos envolvendo a faculdade.

- Ah, verdade, você quebrou o carro de uma colega! - provoquei. - Que vândala!

- Escuta, quero a minha pulseira. - disse e apontou o dedo em meu rosto. - Não me interessa o que você vai fazer, se vire, eu a quero em minhas mãos!
Arqueei as sobrancelhas e levantei devagar.

- E se eu não quiser pegar?

- Você vai!
Sorri debochado.

- Se esqueceu de quem é que manda aqui?

Aurora's POV

Mantenha a calma, Aurora, você precisa de muita paciência para suportar esse filho de uma puta!  Pelo Chris, ele precisa de você!

Odeio engolir meu orgulho, principalmente, porque eu posso me engasgar com tamanha soberba.

Respirei fundo, muito fundo.

- Não, não me esqueci.
  Vi contentamento e superioridade refletida em seus olhos.
- Mas a quero de volta, tem valor para mim e acredito que você não tenha nada de valor que adore tanto quanto a si mesmo! - dei as costas.

- Se engana, é isso que pensa de mim? - disse sereno e me puxou delicadamente.

- É o que todos pensam de você!
Ele encolheu os ombros e como sempre, não deu importância.

- O respeito vem com esse tipo de coisa, se não sabem das suas fraquezas, não podem te atingir!
Revirei os olhos.

- Tanto faz, não sou um gângster idiota cercado de inimigos a cada passo que dá, por isso, quero a "minha fraqueza" - fiz aspas com os dedos. - de volta.

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