Capitolo trentasette

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Aurora's POV

- Opa! - Paulo parou em minha frente com os braços cruzados. - Atrapalho algo?
Revirei os olhos.
- Eu te deixo três segundos a sós com o Douglas e o que você faz é procurar problemas? - olhou para o Douglas.
Olhei por cima do ombro do Paulo e aquela vagabunda havia sumido novamente.

- Eu não quero fazer nada demais!

- Ah, não!? - molhou os lábios involuntariamente.

- Apenas lhe arrancar alguns fios de cabelo!
Paulo sorriu.
- Ela tem algo meu que, por sua culpa, está lá. Se não tivesse tran... - respirei fundo.
Paulo reprimiu um sorriso.

- Vou dar uma volta. - Douglas disse e em seguida deu no pé.

- Ah, querida Aurora, tenho meus desejos! - ele tocou meu queixo.
Tirei sua mão do mesmo.
- Aonde vai? - puxou meu braço impedindo que eu continuasse andando.

- Pegar o que me pertence!
Paulo revirou os olhos.

Ele pôs as mãos nos bolsos da calça, tirou minha pulseira de um deles e me estendeu a mão com ela entre os dedos.

- Estava começando a gostar da ideia de arrebentar a cara daquela vadia!
Me fuzilou-me com os olhos.

- Não preciso de problemas, tenho o bastante com os quais me preocupar.

- Claro, ainda não conseguiu raptar o Chris!
Paulo segurou meu braço.

- Estou te achando muito espertinha!
Abaixei o olhar.
- Tem contato com aquele infeliz, não é? - levantou meu rosto e olhou nos meus olhos. - Diz para ele que irei pega-lo, ninguém se esconde de mim por tanto tempo e ai de você se estiver envolvida em qualquer coisa que ajude esse miserável
Engoli em seco.
- Eu não admito traição e mentira!
Estremeci.

- Não admite o que vive. - mesmo intimidada afrontei. - E as mentiras que inventa para si, não contam? Eu chamo isso de traição aos sentimentos!

- Espero que não esteja voltando àquele assunto idiota.

- Concordo, é um assunto muito idiota!

- Estou começando a me arrepender de ter aceitado que você viesse.

- Me leve embora então!
Juntou as sobrancelhas.
- Já tenho o que preciso. - coloquei a pulseira no braço. - me leve e lhe deixarei sem preocupações, assim você volta para a sua prostituta e todo o resto!
Ele sorriu de canto e balançou a cabeça.

- Por que essa implicância com as outras garotas? Eu te nomeio apenas minha e você ainda faz pouco caso!

- Acha que ser sua é um privilégio? - sorri pelo nariz. - Idiota! - saí andando de volta até o sofá e me sentei.

- O que houve?

- Alergia à você! - cruzei as pernas.

- Quer beber algo?

- O sangue da sua cachorrinha, por favor!
Ele balançou a cabeça outra vez.

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