Capitolo otto

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Aurora 's POV

Eu já tinha deixado até marca no sofá por ficar tanto tempo sentada esperando a boa vontade do "senhor" Dybala. Estava sozinha na sala, o resto dos bandidos estavam em seus quartos.
Me levantei, andando de um lado para o outro. Já havia revirado aquela sala do avesso procurando uma chave e nada. O único lugar que restava era o quarto do Paulo.

Entrei na pontinha dos pés. Pelo barulho de água caindo, ele estava no banho. Coloquei as mãos na massa. Comecei pela calça que ele estava vestido. Olhei os bolsos do moletom, embaixo dos travesseiros, em cima do criado, dentro das gavetas. O cara tinha uma Fábrica de preservativos. Olhei em tudo, mas parecia que a chave tinha poder de invisibilidade.

Se eu continuar bagunçando tudo desse jeito vai estar bem nítido que alguém passou por aqui. Meu Deus, onde estava essa chave? Voltei para a sala, me sentei novamente. Encostei no sofá, trombando a cabeça para trás.

- Ah! - falei desacreditada no que estava vendo.
A porta estava aberta, apenas encostada, pelo menos de longe eu via dessa forma.
- Por que ele deixaria a porta aberta? Que garoto burro! - sorri comigo mesma.

Puxei a maçaneta, a porta realmente abriu. Não perdi tempo, andei nos corredores procurando o elevador. Encontrei. Adeus Paulo.

A porta se abriu. Meu sorriso era reluzente, se via a quilômetros de distância. Acho que até meu jeito de andar era outro. Entrei, a porta não fechou. Apertei o botão para descer e nada. Droga. O que me resta são as escadas mas poxa,o filho da puta mora no penúltimo andar. Ah, que outra opção eu tenho?Vamos lá.

- Eu não vou chegar nunca! - disse olhando para aquele monte de degraus. - Miserável! - desci correndo.

Meia hora de degraus e meus pés estavam doloridos. Parei um instante, me sentei e peguei ar. Diminui a velocidade. Quase no zero.

- Repita a si mesma: Eu odeio o Dybala!
 
Tirei os saltos e continuei a andar.

- Luz! - Fui em direção a porta.
O porteiro se mantinha parado frente a ela.

- Com licença?

- Desculpe, não pode passar.

- O que, como assim não posso passar? - meu tom se alterou.

- Sinto muito. Estou apenas cumprindo ordens.

- Posso saber de quem? - sapateei ali mesmo - QUEM AQUELE IMBECIL PENSA QUE É PARA ME IMPEDIR DE SAIR?- dei meia volta. - Agora o Dybala vai conhecer minha pior versão! - disse me sentando no sofá que ali havia. - Senhor, poderia pelo menos concertar o elevador para que eu possa subir?

- Aquele ali?

Não acredito! Por que, mas que droga!? Respira Aurora. Parei em frente à porta esperando a mesma se abrir.

- Mano, os dudes estão... - Douglas e Alex saiam do elevador. - Aurora, o que faz aqui embaixo?

- Tenho assuntos pendentes, com licença! - entrei, encarei aquele cubo refletor e subi para o penúltimo andar.

Entrei no AP, bati a porta numa força extrema. Trombei com Paulo na sala, sem camisa e com uma garrafa de tequila nas mãos.

- Oooi, como foi o passeio - aquele puta sorriso gostoso e cínico. - Curtiu?
Lancei um de meus saltos nele. Ele sorriu sarcasticamente após colocar a mão na frente para não receber a pancada.

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