De longe a via se olhar pelo reflexo do espelho, paralisada analisando as marcas que tinha espalhadas pelo corpo, marcas que não pude evitar e lamento por isso. Sua pele sensível parecia ter sido torturada. Arranhões, manchas roxas, marcações de mãos, dedos perfeitamente fixados na região de seus seios.
Cheguei à conclusão de que não deveria ter matado aquele infeliz. Violência não se paga com a morte, pois se torna pouco.
Suas mãos tocavam os locais lesionados com delicadeza, às vezes os observava com mais intensidade. Até que a mesma me notou ali, escorado nas ombreiras da porta. Concertou a blusa no corpo, tentando esconder o máximo possível e se virou para me olhar.- Não vi você aí! - sua voz saiu falha e talvez,um pouco envergonhada. - Quanto tempo está...
- Me desculpe! - balancei a cabeça enquanto me aproximava. - Sinto muito!
Aurora me olhava sem o entendimento do que eu estava dizendo.- Está se desculpando por quê?
Toquei seu rosto com delicadeza, acariciando com o polegar as regiões que podia alcançar.- Não cheguei à tempo!
Ela fechou os olhos devagar. Segundos depois, levou suas mãos às minhas que estavam no lado esquerdo de sua face.- Chegou à tempo! - beijou a minha mão, sorriu e voltou a me encarar. - Você sempre chega! Desde o dia em que te conheci, o que você fez foi me salvar! - segurou a mesma e à colocou novamente sobre seu maxilar. - Nem sempre podemos conservar algo inteiro. Mas se podemos salvar ao menos metade, então, salvemos! - beijou meus lábios.
Seu sabor me faz desejar todos os beijos dela, à todo instante.
Entrelacei meus dedos em seus cabelos atrás da orelha e os puxei carinhosamente rente a mim.- Este problema não era seu!
- Como não era meu?
Paramos o beijo por um tempo. Sentimos e talvez respiramos o mesmo ar, pela proximidade de nossos rostos.
- Se esquece de que fomos namorados!- Não é sobre você, é sobre vingança!
Voltamos a nos beijar.- Juntemos as causas então! - Se afastou para me observar e logo avançou contra meus lábios outra vez. - Por que não diz logo que se importa comigo?
"Porque tenho algo grande e impulsivo dentro de mim, chamado orgulho!"
- Acho que estará segura com o seu pai! - disse e parei o beijo. Parei tudo que estava fazendo e saí.
Não ficarei de mãos atadas esperando que aquele infeliz me ataque!
Aurora's POV
Nunca o vi assim antes. Transtornado por algo que, para ele, acredito que seja insignificante. Mas além da tristeza que vejo em seus olhos, também vejo ódio.
E caramba, agora vejo que não sou apenas uma possessão idiota. Que talvez possa não ser apenas um divertimento. Mas não será o senhor Paulo Dybala à admitir isso. Não mesmo!
Percebo que essas marcas que enroscam o meu pescoço ,marcam meus seios e destroem a minha moralidade, não foram tão inúteis afinal.
Após encerrar nosso beijo e cancelar todos os toques, Paulo saiu do banheiro com uma única objeção. Que eu deveria ouvir o meu pai e voltar para casa.
- Alô - me sentei na cama. - Pai?
Megan entrou no quarto e se manteve em silêncio. Se sentou ao meu lado na cama e acariciou meu rosto.Paulo Dybala's POV
Deixei Aurora no quarto com a amiga, que entrou logo após que saí. Tenho um desejo dentro de mim e ninguém vai me impedir de executar.
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𝙻𝙰 𝙹𝙾𝚈𝙰 💎 𝙿𝙰𝚄𝙻𝙾 𝙳𝚈𝙱𝙰𝙻𝙰
FanfictionPaulo Dybala é um gangster com espírito de vingança que encontra sua obsessão em uma garota que vai contra tudo o que ele já viu. Uma história com muitas mentiras onde a verdade tende a ser decepcionante.