22. Estudos

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08 de junho de 2016 - Residência Park

Como amante da música, Chaeyoung acabava deixando algo tocando em seu quarto enquanto estava no banho, para que pudesse acompanhar no chuveiro e ainda animar sua noite, desligando apenas para ir jantar, mas quando voltava ao ambiente ligava o som novamente. Naquele momento uma música agitada estava tocando, fazendo com que seu corpo se entregasse por inteiro ao ritmo, mas como a playlist estava no aleatório uma música um pouco mais triste foi tocada logo em seguida, algo que lhe fez pensar nela. Por um instante pensou em pegar o celular e lhe mandar a música, foi então que viu tres chamadas perdidas e a última havia sido há menos de um minuto.

Sem hesitar, Chaeyoung desligou a música e ligou para Jisoo, se preocupando com a demora dela e com as ligações, porque a namorada nunca é de ligar sem avisar antes e nem mesmo para fazer isso três vezes seguidas.

— Desculpa, eu não escutei o celular tocando. - A única coisa que ela podia escutar era a respiração de Jisoo, já que ao atender o silêncio era bem presente do outro lado da linha. - Amor.

Desculpa. - Pelo tom de sua voz era nítido que ela estava chorando e como já presenciou esse acontecimento, Park tinha plena certeza que sim.

— Amor, o que aconteceu? - Perguntou preocupada.

— Eu não consegui me segurar, eu juro que não consegui, coloquei o gelo, cocei o lugar, mas.. mas eu me corte, Chaeyoung, desculpa.

Naquele momento, Chaeyoung entendeu o motivo do desespero e ficou ainda mais preocupada com a situação da namorada, mas logo conseguiu pensar em uma coisa para ajudar a garota, uma solução para fazê-la ficar bem.

— Me escuta, quero que tome um banho quente, limpe todo o sangue do seu pulso e depois coloque uma roupa confortável e curativos. Okay?

Chaeyoung.

— Vou te ligar em vinte minutos e quero que atenda assim que possível, pode fazer isso?

Posso.

— Eu.. eu.. eu gosto muito de você e fico mal que tenha feito isso, quero e vou te ajudar nesse momento, mas apenas espere a minha ligação.

Com o fim de suas palavras a ligação se deu por encerrada, porque ficar mais tempo na chamada só deixaria Jisoo mais nervosa e atrapalharia o que tem em mente, que é ajudá-la.

(...)

08 de junho de 2016 - Casa dos Kim's

Jisoo fez exatamente o que a namorada pediu, limpou o sangue de seus pulsos, o do local que havia pingado e tomou um banho quente, depois vestiu uma roupa confortável e que cobrisse seus novos ferimentos, mas nada que pudesse lhe causar calor. Na espera por uma ligação, Kim acabou caminhando impacientemente por todo quarto, com o celular na mão e pensamentos a respeito do paradeiro da namorada, foi aí que após se passarem vinte e cinco minutos e não vinte, Chaeyoung resolveu dar sinal de vida.

Eu estou no seu jardim. Acho melhor descer antes que eu suba pela janela e invada o seu quarto.

— Você...

Sou doida? Sim, completamente doida por você. Agora desça que eu quero te ver.

Kim não podia acreditar no que ela falou, mas tinha que ter certeza, afinal de contas não poderia deixar a mais nova esperando do lado de fora da casa. De modo cauteloso ela desceu as duas escadas, tomando cuidado para não ser vista e nem escutada, mas não havia mais ninguém acordado naquele horário, o que era bom para a sua fugidinha noturna.

Confidentes - ChaesooOnde histórias criam vida. Descubra agora