07 de agosto de 2016 - Praia de Dong-gu, Busan.
A intenção de Jisoo era apenas tomar um ar no jardim da casa, mas por algum motivo seus pés a guiaram até a praia, sendo aquele o melhor lugar para ficar um tempo sozinha e respirar um pouco. Só não imaginava ela ser seguida por alguém, que poucos minutos depois que se sentou na areia, fez o mesmo ao seu lado direito, esperando apenas que ela notasse sua presença ali ou falasse alguma coisa.
— Lembra daquela vez que meu pai nos trouxe à praia no final de semana de dois mil e treze e você acabou se queimando com uma água viva? - Perguntou Jisoo ao amigo.
— Sim, você e a Lisa ficaram rindo da minha cara por duas semanas. - Disse Kai.
— Ainda lembro da cara que você fazia toda vez que sentia dor. - Não poupou uma risada e até mesmo o rapaz não se conteve.
Lembrar daqueles momentos não a deixava tão triste quanto antes, porque com o tempo passou a aceitar que lembrar e ter memórias boas era algo bom, não podendo ficar mais triste ou lamentar pela perda.
— Como descobriu que eu estaria aqui? - Perguntou Jisoo.
— Eu te vi saindo, então decidi te seguir. - Ela balançou a cabeça, dando a entender que estava satisfeita com a resposta. - Porque decidiu vir para tão longe?
— Queria tomar um ar, pensar um pouco e livrar a cabeça de algumas coisas.
— Tá com medo de uma recaída? - Jisoo olhou como se quisesse descobrir como ele sabia daquilo. - Eu te conheço bem, sei que está a ponto de um colapso.
— Digamos que sim, estou com medo de uma recaída e é meio impossível não estar, tem toda essa coisa do meu pai e eu não sei bem o que devo fazer. Além do mais, a Chaeyoung machucou o pé, o Jin a mão e vai lá saber o que pode acontecer com você ou com a Jennie.
— Não vai acontecer nada conosco, aquilo só foi um imprevisto, a Chaeyoung pisou no chão de mal jeito e o Jin se livrou de um obstáculo, pense por esse lado.
— Já pensei, mas sei lá, minha cabeça não está me ajudando muito com isso.
Kai estava ali para escutá-la e talvez dar conselhos, se ela quisesse é claro, mas passou boa parte do tempo que ficaram ali a escutando, escutando cada lamento, protesto e motivo de confusão. Dando mais uma vez seu ombro amigo para que ela se sentisse acolhida.
(...)
Quando retornaram a casa cada um deles seguiu para seu quarto e para os confortos de suas camas ao lado de suas namoradas, que pareciam presas em um sono bem profundo.
Chaeyoung dormia como um anjo e Jisoo não deixava de sorrir bobamente com aquela visão, descobrindo naquele instante de observação que ela era seu porto seguro, o lugar que precisava estar quando as coisas não corressem bem e só a Park Chaeyoung cabia isso.
(...)
Acordar tarde já era algo comum para os cinco amigos, mas naquela manhã era uma boa opção para quem tinha ido dormir às quatro da manhã e quase visto o nascer do sol.
Chaeyoung por outro lado já havia acordado há dez minutos mas para sua infelicidade Jisoo ainda dormia e apesar de ser uma linda visão ela a queria acordada. Para simplesmente não cutucar a namorada e acordá-la, Park decidiu distribuir beijinhos por seu rosto, fazendo Jisoo começar a sorrir por conta das cosquinhas que sentia, mas mesmo assim ela não ousou abrir os olhos, só resmungou com uma voz sonolenta.
— Me deixa dormir só mais um pouquinho, Chaengie.
— Do que você me chamou? - Perguntou Chaeyoung, um pouco eufórica.
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Confidentes - Chaesoo
Hayran KurguUm passado morto e enterrado, ou não, já que para Kim Jisoo, o passado estava mais do que presente em sua vida. Pois por completa culpa do passado, foi mandada para estudar longe de casa. E apenas após dois longos anos longe, a sua volta enfim receb...