Confidentes - Chaesoo

55. Dando as caras.

13 de dezembro de 2022 - Yangpyeong, Gyeonggi

Aquele era mais um dia de folga e mais uma vez Jisoo tentou passá-lo ao lado da namorada, dessa vez as duas desligaram seus celulares, enrolaram na cama o máximo que conseguiram e quando não tiveram mais alternativa foram direto para o banho, sem enrolação e sem mãos, o que para Jisoo era um frustrante, mas ela conseguia entender o porquê. Park se sentia incomodada com contato naqueles períodos menstruais e só cabia a Jisoo compreender, porque por mais que quisesse só beijá-la e ficar pertinho, Chaeyoung limitava a quantidade de beijos e toques, tornando tudo impossível.

Como foi dito, Jisoo tentou passar o dia com a namorada, pois logo que trocaram de roupa alguém começou a bater na porta, fazendo Kim revirar os olhos e Park amaldiçoar quem quer que fosse.

— Vão falar de você em dez minutos e aconteceram algumas coisas que precisam urgentemente da sua atenção, então achei que gostaria de saber. - Disse Jongin.

— Eu desço em cinco minutos. - Disse Jisoo.

Assim que fechou a porta ela se virou e logo viu a expressão triste que havia se formado no rosto da namorada

— Mais uma dia estragado? - Perguntou Chaeyoung.

— Infelizmente sim. - Disse Jisoo.

Kim esticou a mão para que a namorada a pegasse e assim que fez Jisoo a puxou para perto, roubando um rápido selinho de seus lábios como forma de desculpas. De mãos dadas, as duas seguiram até o andar de baixo, se juntando a todos os outros que já estavam de pé.

Não demorou muito para que a programação fosse interrompida, exatamente no mesmo canal que o caso de Lalisa foi trazido à tona depois de anos e com o mesmo apresentador que tinha falado sobre.

— Mais uma vez nessa semana o senhor Kim Thomas, atual CEO de uma transportadora recebeu atenção da mídia, mas dessa vez a atenção não está ligada ao recente escândalo e sim a sua empresa, que misteriosamente recebeu um investimento bilionário. A transportadora recebeu um investimento de mais de seis bilhões de wons e outras três empresas associadas receberam um valor de cem milhões de wons cada, somando mais de seis bilhões e quinhentos milhões de wons. - Bem ao lado do jornalista surgiu um rosto com interrogação. - O dono desse investimento bilionário foi o CEO do grupo RC, dono do mesmo hotel que Lalisa Manoban esteve hospedada e que acreditamos estar envolvido no caso, seja acobertando algo ou ajudando a suposta vítima. O que torna tudo isso ainda mais intrigante é que as ações estavam desvalorizadas por conta do escândalo envolvendo a transportadora e por isso não sabemos ao certo porque o dono do grupo quis investir em uma empresa beirando a falência e repleta de problemas. A identidade do CEO continua sendo um mistério, pelo menos até quando ele quiser, já que não há nenhum vestígio de quem ele seja espalhado pela internet.

Como já não havia mais nada para ver, Lalisa desligou a televisão e imediatamente olhou para JIsoo, esperando que ela falasse alguma coisa, qualquer coisa que fosse.

— Como não há nenhum fofoqueiro entre os nossos, eu irei à delegacia em dois dias, acho que só preciso desse tempo para organizar todas as pendências. - Jisoo deu uma rápida olhada pela sala. - Então vamos ao trabalho.

A grande maioria dos ali presentes seguiram para a sala de reuniões, Soyeon foi em direção a porta principal e Jennie foi diretamente para a cozinha, pois precisava terminar de comer, Chaeyoung iria com ela, mas antes que pudesse fazer isso a namorada deixou se aproximou dela, ficou na pontinha dos pés e deixou um beijinho sobre sua testa, como normalmente vinha fazendo.

(...)

Após um rápido café da manhã, Jennie e Chaeyoung começaram os preparativos para o almoço, pois as pessoas que Minnie havia contratado só apareciam a cada dois dias para cuidar da roupa suja e dar uma geral em toda a casa.