65. Acerto de contas.

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19 de janeiro de 2023 - Algum lugar da Coreia do Sul.

O mundo agora conhecia seu rosto, sabia seu nome, quantos anos tinha e toda a história de como tudo começou, então ele não podia bobear e dar as caras em qualquer lugar, ele simplesmente não podia arriscar tudo só para se livrar da pedra que estava há seis anos em seu sapato. Choi tinha conhecimento do rastreador no carro de Jisoo, então o ponto de encontro não era a verdadeira localização dele, era apenas o local em que seus funcionários estariam esperando por ela para a levarem até o verdadeiro local.

Chegando lá ela foi praticamente expulsa do carro a força, a arma que ela havia conferido antes de sair do hotel já não estava mais em sua posse e a única coisa que ainda a restava era coragem para resgatar Chaeyoung ou trocar a vida dela pela sua.

Dentro daquele espaçoso galpão só haviam três pessoas, o Benfeitor com seu ar de homem elegante segurando uma arma na mão direita e na esquerda um isqueiro, Jisoo que havia acabado de ser jogada ali dentro e Chaeyoung que estava presa a uma cadeira e amordaçada. O estado da moça não era um dos melhores, havia vestígios de sangue em seu rosto, seus olhos estavam inchados por conta de todas as lágrimas de dor que caíram durante aquela noite e em seu braço esquerdo um corte com o sangue já seco.

— Chaeyoung.

Jisoo tentou se aproximar da noiva e pensou que teria permissão para fazer isso, mas o Benfeitor mirou a arma em sua direção e a fez parar, porque antes de tentar qualquer coisa ela precisava salvar Park.

— Pelo visto você não acreditou no que eu disse. - Falou o Benfeitor

— Solta ela, seu problema é comigo.

— Não é bem assim que as coisas funcionam, eu quero algo em troca da vida dela.

— Eu pago qualquer coisa, até mesmo te ajudo a sair do país se quiser, só precisa me dizer o que quer.

— Você acabou com o meu negócio, colocou vários dos meus na cadeia e ferrou com a vida da sua própria família.

Ao engatilhar a arma aquele som ecoou por todo o lugar, causando um certo desespero em Chaeyoung e com isso ela tentou se soltar pela incontável vez, mas a única coisa que conseguiu fazer foi sentir dor por todo seu corpo, já que não havia um único lugar que não dóia ou dóia menos.

— Eu quero a sua vida, Kim Jisoo.

Se era isso que ele queria para libertá-la, então ela faria, se entregaria de bandeja a ele sem nem questionar ou reclamar.

Em confirmação ela balançou a cabeça, tentando não olhar para Park e ter que se despedir desse jeito tão trágico. Já Chaeyoung não estava conformada com sua decisão, ela queria que Jisoo fizesse algo, queria que ela nem mesmo tivesse ido a resgatar, queria de coração trocar de lugar consigo, mas nenhuma das duas poderia fazer qualquer coisa para evitar o fim certeiro. Se a moça não estivesse amordaçada os dois poderiam escutar seus nãos e lamentações, que foram abafados pelo pano em sua boca e as pessoas do lado de foram consequentemente também escutariam.

— Ajoelha. - Jisoo não reagiu, ela ainda estava processando todos os recentes acontecimentos e as vozes em sua cabeça misturaram o que ele disse.

Sem qualquer paciência, o homem foi até ela e colocou a arma bem no meio de sua testa, apenas para mostrá-la que era ele que mandava e que ela o devia obediência.

— Eu disse para ajoelhar, porra.

E ela assim fez, se ajoelhou diante dele, esperando que a qualquer instante ele colocasse um fim a tudo, mas não era isso que ele pretendia fazer.

Confidentes - ChaesooOnde histórias criam vida. Descubra agora