41. De ex para ex.

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17 de novembro de 2022. - Hotel Relish

Antes de sair definitivamente do hotel, Chaeyoung foi até o bar, sentou em uma das cadeiras do balcão e pediu uma dose de uísque com gelo. Suas malas estavam no chão, bem ao seu lado direito e feitas de qualquer forma, porque no momento em que estava as arrumando Chaeyoung não pensou em organizar ou dobrar cada peça de roupa, ela apenas pensou em sair o mais rápido possível daquele quarto.

Há dois metros dali alguém a observava, essa pessoa não era Jisoo, porque pela quantidade de remédios que ela tomou para dormir só conseguiria acordar no outro dia. Aquela mesma pessoa que a observava se aproximou dela, decidida a conversar e esclarecer certas coisas

— Uau, pensei que realmente tivesse ido embora. - Disse Lisa, chegando de surpresa.

— Queria beber antes de pisar o pé fora daqui.

— Posso? - Se referiu ao lugar vazio ao lado esquerdo dela. Park deu de ombros e mesmo assim Lalisa sentou ao seu lado, porque aquilo parecia um sim. - Você deveria repensar sobre essa decisão. Você ainda é a coisa mais importante que a Jisoo tem e o Benfeitor sabe disso, além do mais, eles vão atrás de você caso precisem fazer ela parar. Ficar no hotel vai te manter segura e viva. Não precisa perdoá-la, apenas permaneça aqui.

— Se eu for embora e morrer seu caminho vai estar livre. - Tomou um gole do uísque, faltando pouco para que seu drink acabasse.

— Caminho? Se refere ao caminho da herança ou do caixão? Porque se você for ela obviamente vai tentar se matar e ainda posso morrer caso ela enlouqueça.

— Você me entendeu.

Manoban chamou a barman, que logo se aproximou e anotou seu pedido rapidamente.

— Ontem a noite.... - Lisa foi interrompida antes que terminasse, recebendo o olhar de Park pela primeira vez desde que chegou.

— Não precisa me explicar, não é da minha conta o que você fez com a minha ex.

— É da sua conta, porque ela estava bebendo por você.

— E foi dormir com você. Que engraçado, não acha? - Bebeu o último gole do uísque, apontando para o copo vazio quando a barman a olhou, dizendo basicamente com aquele gesto que queria outro.

— Ela tem razão, você é impossível quando está com raiva.

— Tenho todos os motivos do mundo para ficar com raiva.

A moça chegou com dois copos de uísque com gelo, colocando cada um deles em frente às moças e levando consigo o copo vazio. Sem hesitar, Chaeyoung deu um longo gole, deixando quase metade do líquido no recipiente.

— Uma raiva necessária, porém sem fundamentos. Eu escutei a conversa e mesmo podendo impedir deixei vocês se resolverem, porque a Jisoo merecia escutar tudo aquilo. - Deu um leve longe em seu drink, apreciando um pouco antes de voltar a beber. - Ela dormiu no sofá, fiquei com medo que ela fizesse alguma burrice ou fosse ao seu quarto naquele estado. A Jisoo fica muito imprevisível quando está bêbada. - De algum jeito Chaeyoung acreditou no que ela estava dizendo, pois conseguiu ver sinceridade e verdade, algo que Jisoo não conseguiu lhe transparecer em momento algum nos últimos dias. - Eu também quero dizer que não estou no seu caminho há seis anos e nem quero entrar. Para falar a verdade, estou amando o modo que está a tratando, os pisões, a forma como fala e as tentativas de ciúmes.

— Está amando?

— Muito. - Bebeu mais um gole do uísque e dessa vez ele desceu queimando por sua garganta. - Mas convenhamos, ela merece.

— Porque acha que ela merece tudo isso?

— Bom, ela não deu notícias, não apareceu nesses últimos seis anos e te deixou muito preocupada, eu pelo menos me fingi de morta, mas ela estava viva e poderia muito bem aparecer.

Confidentes - ChaesooOnde histórias criam vida. Descubra agora