Depois do Fim

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Eu tive você por muito tempo. Você foi a minha certeza incerta. Soa clichê mas você sabe o quanto eu desejei você. Meu companheiro de piadas imaturas e madrugadas de seriados. Você era a pessoa certa, pelo menos era o que o meu coração dizia. Os planos para o futuro sempre venceram as decepções que você me deixava. É que te ter como namorado era bem melhor do que apenas um amigo. Afinal era isso que éramos. 

Por um longo tempo você foi o meu melhor amigo e o nosso coração pediu que fosse mais que isso. A paixão nasceu entre nós e não evoluiu. A cegueira da paixão me fez aceitar os defeitos que eu jamais aceitaria em uma relação. Afinal, amar era estar presente e não se esconder. O sentimento era o mesmo mas em intensidades diferentes. 

O que eu mais queria era que você fosse apaixonado por mim da mesma forma. E hoje eu sei que isso soa ridículo. Pois eu me amo o suficiente para saber que eu não mereço amor como migalhas. Não sei se o que vivemos pode ser chamado de namoro. Mas serviu de aprendizado para que eu estivesse pronta para um próximo passo. Aceitar que o nosso fim foi necessário. 

Com isso eu aprendi que um beijo com borboletas na barriga não significa que eu esteja com a minha alma gêmea. O nervosismo ao encontrá-lo não significa que eu queira ele e sim que meu coração não quer rever uma paixão arrastada pelo passado. A dor incessante de que o futuro com ele desse certo, significa apenas ressignificação e não de que eu precisava viver aquilo novamente. Sabe por quê? O amor pode ser muitas coisas menos abruptidão. Se ele não te dá segurança ele nunca vai te trazer felicidade. 





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