Desvanecer-se

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E tudo começou com o seu abraço afetivo e com as suas promessas de me fazer muito feliz. Mas o nosso amor terminou no instante em que eu percebi que estar comigo não era mais o que você queria.

O nosso amor morreu em um dia comum, naqueles que chegamos tarde do trabalho e debruçamos sobre a cama confortável e aconchegante. Eu vi que estávamos distantes quando você não pedia mais a minha opinião sobre os filmes que você deveria assistir na sexta-feira e nem compartilhava a sua rotina com os mínimos detalhes. Você já não era meu, seu sorriso já não me pertencia. 

E eu tento procurar motivos por quais deixamos de nos amar, mas a única coisa que não sai da minha cabeça é que não daríamos certo. Nem em um futuro próximo e nem se continuássemos presos um ao outro. Éramos diferentes, mas nunca deixamos de nos amar.

Amamos tanto que acho que esquecemos que o amor próprio também era importante, que tinha que ser cultivado

Talvez se não tivéssemos mentido desde o começo, tornaria as coisas menos doloridas, mas resolvemos disfarçar com um sorriso e um eu te amo. Eu deveria ter te impedido de ir embora mas fui eu que deixei a porta aberta. Eu estava fragilizada e tão cansada de saber que tudo o que vivemos tinha virado rotina, uma coisa fria e insignificante. 

E nós dois continuávamos com declarações que sabíamos que não eram verdadeiras, você me dizia que queria ter um grande e belo futuro ao meu lado e eu nem tinha mais certeza se íamos continuar juntos amanhã. E eu te dizia que você era o homem da minha vida, e você nem queria ter esse papel, muito menos continuar na minha vida.

Deveríamos ter sido sinceros desde o começo, ter confessado que não éramos mais compatíveis, que nossas conversas era um tédio total e que o nosso beijo e o nosso sexo não tinha química nenhuma. Ter aceitado a verdade de uma vez só, doeria menos do que ver a sua indiferença e seu amor por mim ir se esvaindo as poucos. 















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