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Josh Beauchamp

Diferente de mim, meus pais voltaram para Los Angeles alguns meses depois, fiquei sozinho seguindo o tratamemto e agora que estou de volta, marquei de almoçar com a minha mãe, já que não fazia isso há muito tempo.

Nesse momento estou almoçando com ela e ainda não contei que reencontrei Any. Estou enrolando pois falar sobre isso com minha mãe é difícil já que a mesma ficou furiosa na época que terminei, que cometi a pior coisa da minha vida.

– Ande menino, sou sua mãe e conheço exatamente quando um dos Beauchamp's estão escondendo algo de mim. – Diz ao deixar o guardanapo ao lado do prato.

Suspiro profundamente, encontrando as palavras.

– Eu reencontrei a Any.

– Vocês pelo menos conversaram?

– Sim, ela ainda guarda mágoa de mim.

– E com razão. Não tiro a razão dela, pelo contrário, se fosse comigo eu nem falaria com você novamente.

– Eu estou aqui para sentir o acolhimento de mãe, não para julgamentos senhorita Ursula.

– Mas você merece, soube pelo Krystian o quanto ela sofreu com sua partida. Soube da sua perda de peso e da depressão que teve.

– Espera, o quê? – Pergunto incrédulo.

– Você não sabia? – Nego com a cabeça. – Meu Deus, Any teve depressão por um ano seguido. Perdeu peso, não saia, não conversava com ninguém, ela se fechou para o mundo.

– Eu... não sei o que dizer. – Levo os cotovelos a mesa, logo levando as mãos ao rosto. – Eu não sabia que tinha feito isso com ela.

– Ela pediu para que não contassem para você, ela mesma me ligou depois de saber que Krystian tinha dado o com a língua nos dentes. Pediu, quer dizer, implorou para não contar a você. Disse que se não estavam mais juntos, você não tinha mais vínculo com ela, não precisava saber o quanto você a afetou. – A mesma me olha com a famosa cara de repreensão.

– Eu sei que fiz a pior merda da minha vida, não me olhe assim. – Peço, respirando fundo, me encostando na cadeira.

– Olha a boca menino, estamos na mesa! – Me repreendi.

– Desculpa, eu só fiquei surpreso, e agora tenho mais raiva de mim.

– Não fique, apesar de ter feito errado, eu entendo você, só não queria machucá-la ou destruir o sonho dela.

– E ferrei com tudo. – Minha mãe me olha brava. – O quê? Não disse palavrão na mesa?!

– Não estou falando disso, por quê não vai atrás dela? Eu sei o quanto você lutou para conquistá-la quando jovem.

– Isso era antes mãe, éramos jovens imaturos e com pensamentos diferentes.

– Por isso mesmo, agora estão maduros e com pensamentos diferentes daqueles jovens de dois anos atrás. Ligue para ela, a convide para sair.

– Ela não vai aceitar.

– Você já perguntou? – Questiona parando de levar a taça até a boca, arqueado uma das sobrancelhas.

– Não.

– Então a convide, mostre que se arrependeu. O quê ensinei a vocês?

– Que nunca é tarde demais e que nenhum Beauchamp desiste fácil. – Lembro baixo.

– Exato. Se você a quer de volta, lute, faça ela confiar em você novamente. Sentado na minha frente você não vai conseguir.

– Você acha que eu deveria...

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