037

3.8K 255 27
                                    

Josh Beauchamp

Meio sonolento tento me acordar, sentindo alguém abraçado ao meu tronco, abraçado com tanta firmeza que me assusto, achando que ainda estou sonhando. Abro os olhos vendo Any, deitada sobre meu peito, seus braços me abraçam de uma forma gostosa, quando a luz do sol invadi o quarto a mesma reclama, se movendo minimamente, se aconchegando no meu pescoço.

– Bom dia. – Digo tentando conter minha felicidade de ter ela aqui comigo, de ter acordado ao lado dela.

– Que horas são? – Questiona baixo, sua voz sai abafada pois esconde o rosto na curvatura do meu pescoço. Pego o celular e vejo que já são nove da manhã. – Nove horas.

– Então não é bom dia. – Choraminga.

– Então é o que?

– No Sábado só é bom dia depois das onze.

– Ok, desculpe pelo engano. – Ouço sua risada abafada, logo sentindo se rosto se levantar. Any coloca suas mãos sobre meu peito, colocando o queixo sobre elas, seus olhos encaram os meus sem dizer nada, não é preciso dizer nada. – Está com fome?

– Morrendo de fome. – Corrige me fazendo rir.

Me inclino na sua direção, encarando seus lábios, levo uma das mãos a sua nuca, nos aproximando.

– Você vai me beijar antes que eu escove os dentes? – Questiona me fazendo rir.

– Não me importo.

Selo nossos lábios sentindo um peso sair dos meus ombros. É um beijo calmo mas carregado de saudade e amor. Não quero sair daqui nunca mais, quero ficar sentindo seus lábios nos meus para sempre.

– É tão bom ter você de volta. – Diz assim que volta a deitar sua cabeça no meu peito, fazendo leves círculos com o indicador no meu abdômen.

– Me belisca, quero ver se estou sonhando. – Peço, Any solta uma gargalhada gostosa de se ouvir.

– Está com muita fome? – Questiona enquanto faz círculos no meu abdômen.

– Não, por quê? – Questiono acariciado seus cabelos.

– Podemos ficar assim por mais algum tempo?

Mordo meu lábio inferior, sorrindo como um idiota. – O tempo que quiser baby. – Meu coração se acelera ao dizer esse apelido.

– Você costumava me chamar de baby quase todos os dias.

– Quer que eu volte a chamar você de baby? – Questiono inseguro.

– Quero.

Suspiro, tentando assimilar que isso é real, que ela está aqui. Ela voltou para mim como eu pedi aos céus por mais de dois anos, mesmo querendo sua felicidade, eu era egoísta, a queria devolta e agora eu a tenho, e prometo não a magoar nunca mais.

Any se levanta e se senta no meu colo, envolvendo suas pernas na minha cintura. Não digo ou faço nada, fico encostado na cabeceira da cama, apenas a observando. Sua mão desde pela lateral do meu rosto, analizando cada sentimento que seus dedos tocam, levo uma das mãos até sua coxa, acariciando a pele desnuda de sua perna. Seu olhar parece guardar cada sentimento do meu rosto como uma recordação.

– Não se preocupa, eu não vou embora de novo.

– Promete?

– Eu juro.

Any envolve seus braços em volta do meu tronco, faço o mesmo em volta do seu corpo, depositando um beijo no topo sa sua cabeça.

– Eu amo seu perfume. – Sua fala me faz sorrir. – Você nunca enjoou dele?

– Não. Uma certa pessoa me deu de presente no meu aniversário, ela tem bom gosto, e além do mais, esse perfume me faz lembrar dela.

Sinto os lábios de Any depositarem um beijo no meu pescoço e me movo, fazendo que a mesma levante seu rosto, selo nossos lábios com necessidade, eu preciso sentir ela novamente. Nossas línguas não demoram a se movimentarem de forma sincronizada, fazendo o beijo ficar lento e gostoso.

Encerramos o beijo com um selinho e Any sorri ao abrir os olhos. Any é forte, a mulher mais forte que já conheci mas ao mesmo tempo é tão frágil, parece que irá quebrar a qualquer momento.

– Eu te amo Any, faço tudo por você. Se for preciso cometo o maior pecado por você sem pensar duas vezes.

– Quando você voltou eu fui até a fonte, aquela onde você me pediu em namoro. – Assinto. – Pedi que conseguisse pensar no certo a se fazer, que se o certo fosse ficar ao seu lado, me entregaria sem medo, sem remorsos e sem magoas.

– Aquela fonte sempre sabe o certo. – Digo a fazendo rir.

– Eu to com fome. – Declara.– Bom, acho que devemos levantar, por mais que queira ficar aqui com você mas a fome é maior.

Any Gabrielly

Nos levantamos com certa preguiça, Josh insistiu que fosse primeiro, como o mesmo diz, um ato de cavalheirismo. Quando já estou pronta desço até a cozinha e preparo o café da manhã.

Enquanto fazia os ovos mexidos ficava pensando em como minha vida mudou desde que ele voltou, para um lado positivo, voltei a sentir a felicidade.

– Você fica gostosa demais cozinhando sabia? – Josh sussurra no meu ouvido, me causando calafrios.

– E você adora não é?

O mesmo suspira antes de dizer. – Eu não sei como agir com você, pareço um idiota com medo de dizer algo que fará você ir embora. – O mesmo abraça meu corpo.

– Nada me fará ir embora. – Afirmo ao desligar o fogo, colocando os ovos mexidos no prato. – Agora coma, quero saber sua nota. – Entrego o prato para o mesmo que sorri.

Assim que se senta na ilha da cozinha leva a primeira garfada a boca, sirvo um copo de suco e coloco na sua frente, me encosto com os cotovelos sobre a ilha esperando sua aprovação.

– Está perfeito. – Elogia com um sorriso nos lábios, levando o copo até eles.

– Que bom que gostou.

Me viro para limpar a sujeira que fiz e o celular de Josh toca.

– Fala Noah.

Cara, meus pais viajaram e a casa está pra gente, vou fazer uma festinha hoje a tarde.

– Você não perde a oportunidade né Noah. – Digo já sabendo que ficará surpreso.

Espera, a Any ?

Não, sou apenas uma voz da sua cabeça.

Vocês estão juntos?– Josh me olha, esperando minha resposta.

– Estamos. – Afirmo olhando em seus olhos enquanto um sorriso surge em seus lábios.

Porra e ninguém me conta, pensei que éramos amigos.

É bem recente Noah, não faça seu show dramático.

Então quer dizer que vocês dormiram juntos? Então quer dizer que você vem também?

Se fizer mais uma dessas perguntas óbvias juro que não vou.

Ok, ok. Estou feliz que voltaram, não estava feliz vendo meus amigos sofrendo... Juízo vocês dois. – O mesmo desliga a chamada.

– Então voltamos?– Sua pergunta me faz parar, e só agora vi o que estava dizendo. – Não precisa dizer agora.

– Preciso passar em casa e pegar um biquíni. – Aviso.

– Como preferir.

Eu queria dizer que sim mas algo dentro de mim me impedi, como se a palavra ficasse presa em algum lugar, me impedindo de dizer, que droga.

Não esqueçam da "⭐" pois ajuda demais e comentem, os comentários me motivam a continuar.💕

MemoriesOnde histórias criam vida. Descubra agora