Memories

025

Any Gabrielly

Assim que saio do banheiro avisto minha camisola sobre a cama, choramingo por não poder colocá-la e me deitar. Vou até meu guarda-roupas e pego um vestido, Ele é bem simples e confortável, calço o meu chinelo e saio do quarto indo até a cozinha.

Vou fazer Risotto de Camarão, lembro de quando fazia para ele anos atrás, era seu prato favorito.

Fervo a água, colocando logo em seguida o tempero e deixo a mesma ferver com a panela tampada. Tempero o camarão com pimenta-do-reino e raspas de limão. Refogo os camarões na manteiga e assim que está reservo ambos.

De repente ouço a campainha ser tocada, droga, não terminei o jantar. Limpo minha mão no pano e caminho até a porta, destranco a mesma, meu coração se acelera quando vejo Josh, ele está com una blusa branca, calça jeans e claro, seus colares, inclusive o de dente de tubarão, qual ele ainda parece usar, direciono meu olhar para suas mãos e meu coração se acelera mais ainda.

– Entra. – Digo ao voltar a realidade, dando espaço para o mesmo entrar.

– Como eu sei que você gosta de Peonias. – O mesmo me entrega o buquê que é bem grande, talvez o maior e o mais lindo buquê que já ganhei.

– Josh, você anda fazendo milagres? É quase IMPOSSÍVEL achar essas flores. – Digo, segurando o buquê.

– Nada que algumas ligações não resolvessem. – Diz simples, colocando as mãos no bolso.

Mordo meu lábio inferior sentindo o perfume invadir minhas narinas.

– Obrigada, eu amei.

– Sabia que ia gostar. Que cheiro é esse? Espera... – O mesmo me olha surpreso e sorrio. – Quer dizer que você...

– Sim, fiz Risotto de Camarão.

– Eu não como isso há dois anos. – Diz ao andar até a cozinha.

– Achei que seria uma boa recompensar você com seu prato favorito.

– A última vez que comi foi no meu aniversário.

– Quando eu preparei? – Assenti. – Sua mãe não fez para você?

– Não era igual ao seu, não tinha um gosto marcante, o toque Any Gabrielly.

– Quer vinho? Afinal, você me presenteou com uma garrafa alguns dias atrás.

– Gostou?

– Ainda não provei, fiquei esperando o jantar para abri-lo.

– Eu abro, você cuida do nosso jantar que eu cuido do vinho. – Diz me fazendo rir.

Em poucos minutos Josh abre a garrafa e serve duas taças, me da uma e direciona a sua em minha direção, brindamos e bebo o primeiro gole do vinho.

– Wow, onde você encontrou esse vinho?

– Fui para Itália alguns meses atrás, quando fechei negócio com o comerciante de vinhos, queria parcerias para a loja do Canadá então fui eu mesmo tratar desses negócios.

– Você não parece aqueles vendedores com ternos caros, Josh Beauchamp sendo Josh Beauchamp.

– Não perco minha essência.

– Bom, fique a vontade, vou olhar o camarão.

Josh vai até a sala e coloca uma música na TV, não evito de sorrir com sua audácia, ele sempre foi assim, talvez seja um dos motivos pelo qual me apaixonei por ele, sua espontaneidade.

– Espera ai, você ainda tem o chaveiro de Santa Mônica?

– Por quê não teria?

– Nada não.