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Josh Beauchamp

Estava resolvendo alguns cálculos dos fornecedores quando ouço uma batida na porta, logo ela foi aberta revelando Alex.

- Algum problema?

- Há uma garota que quer falar com você.

- Estou ocupado, diga para falar com um dos funcionários.

- Ela está querendo falar com VOCÊ.

Bufo, deixando a caneta de lado. - Como ela é?

- Morena, de cabelos cacheados e é bem gostosa.

Any.

- Olha o respeito moleque. - O repreendo.

- Vai me dizer que...

-Não tenho nada a dizer, deixa ela entrar. - Digo rude.

A porta se fecha e respiro fundo, aconteceu algo para que Any viesse até aqui? Será que está bem?

Ouço uma batida na porta e autorizo, Any entra segurando sua bolsa, ela usa um vestido preto, de calças finas, um simples salto e seu cabelo está solto. Agora entendi por que Alex descreveu ela como gostosa.

- Quando eu iria ver Josh Beauchamp sentado atrás de uma mesa, fazendo calculos de fornecedores.

- Pois é Any, outro lado que adquiri nesses anos, me tornou um homem de negócios além de vendedor de vinhos. Negócio uma compra como ninguém.

Any deixa sua bolsa na cadeira em frente a minha mesa e caminha até mim, para ao meu lado e seu olhar recai no retrato que está sobre minha mesa. Ela pega o porta retrato e analiza a foto sem dizer nada, a vejo passar os dedos pela fotografia, como se lembrasse desse momento.

Observo tudo calado, sei que como para mim, para ela essa foto significa algo.

- Por quê a tem aqui em cima?

- Gosti de ver seu rosto.

- Você tirou ela em um dos nossos piquiniques, estava suja de geleia de morango, você sujo meu nariz, disse que parecia uma palhaçinha e tirou essa foto.

- Acabei perdendo o celular que tinha as fotos, por sorte, dois dias antes salvei todas as fotos, tenho todas nossas fotos salvas, eu as guardo com carinho.

- Eu tenho uma caixa com fotos nossas, não abro ela há um ano, quando tive uma crise de ansiedade ao ver as fotografias. Naquele dia meu coração se apertou, senti uma angústia enorme e uma vontade de chorar, a crise veio, estava sozinha e comecei a arranhar meu colo, tentando miseravelmente tirar isso de mim. Chorei durante horas, sem saber o que fazer até que vi a sua camisa, a coloquei e me deite, aos poucos tudo foi se acalmando até que peguei no sono, sonhando que você bateria na minha porta, dizendo que estava de volta, e que não ia ir embora nunca mais.

- Any, vem aqui um pouquinho. - Peço, fazendo a mesma se sentar no meu colo, observo as marcas que já estão desaparecendo no seu colo, são arranhões, em direções diferentes. - Você fez isso quando?

- Quando vi você, quando soube o motivo da sua partida... - A mesma desvia olhar para o canto da sala.- Tive uma crise. - Diz baixo.

- Meu deus Any. - Passo os dedos pelo local que há pequenas feridas já cicatrizadas. - Me prometa não fazer isso outra vez.- Digo serio e a mesma ri.

- Ok pai.

- Não brinque com isso. - Me aproximo, depositando um beijo no local machucado, sentindo seu corpo arrepiar.

- Bom, vim aqui para fazer um convite a você.

- Então faça. - Digo ainda acariciando o local machucado.

- Minha chefe vai fazer uma festa em comemoração aos Dez anos da empresa, o tema será gala, sei que você não gosta desse tipo de festa mas...

- Eu vou. - A interrompo.

- Sério? Achei que recusaria, você detesta esse tipo de festa.

- Eu vou, com uma condição. - Deposito um beijo no seu ombro nu.

- Fale, chantagista.

- Que depois dessa festa, poderiamos sair, para qualquer lugar. - Minha proposta parece repentina e até meio doida mas eu quero passar cada momento possível com Any, e aproveitar como se fosse o último.

- Por quê isso?

- Passei tempo demais longe de você, quero ficar ao seu lado o máximo de tempo que puder. - Deposito um beijo no seu ombro.

- Acho que está a minha altura. - A mesma estendi a mão na minha direção. - Fechado?

Aperto sua mão a fazendo sorrir. - Fechado.

- Bom, já resolvi esse problema agora posso ir embora. - Ela tenta de levantar mas a seguro pela cintura.

- Hey, por quê já está indo embora? - Questiono próximo ao seu pescoço, sei que isso a deixa arrepiada.

- Tenho trabalho a fazer.

- Mentirosa, já passou do seu horário de trabalho. - Sussurro contra a pele do seu pescoço.

- Sabe aquela frase: Você sai do trabalho mas o trabalho não sai de você? Então.

- Eu conheço você Any, sei quando está mentindo. Você odeia isso, por quê está fazendo?

Depósito um beijo molhado no seu pescoço, ouvindo sua respiração falhar.

- Esse será seu castigo Josh, saberá que pode alcançar o que deseja mas não quando quer. - A mesma sai do meu colo, caminhando para o outro lado da mesa. - Pode ver, pode tocar mas não pode usufruir.

- Ok, se for preciso passo por isso, mesmo isso me destruíndo por dentro.

- Não diga isso, você é forte, aguentou as minhas provocações durante anos.

- Mas quando eu sedia e você também, tínhamos as melhores transas das nossas vidas.

- Isso é verdade. - A mesma passa o dedo pelo Buda em cima da minha mesa. - Não vou negar, eram esplêndidas nossas noites. Mas por enquanto, só se contentará com as memórias. Até mais Josh.

A mesma diz já caminhando até a porta mas me levanto, caminhando até a porta, a impedindo de sair.

- Você acha que vai sair daqui sem me dar um beijo?

- Estamos indo devagar não é mesmo?

- Mas isso não significa que não possa beijar você. - Me aproximo, Any da uma passo para trás, com aquele sorriso de lado, aquele sorriso provocador.

Continuamos com esses passos até que Any colida com minha mesa, assim me aproximo, umedecendo meus lábios. Levo minha mão até sua nuca, afundando ela em seus cabelos macios. Encaro seus lábios entre abertos, logo em seguida, subindo meu olhar até seus olhos, eles não negam que anseiam por isso.

Selo nossos lábios de forma necessitada, me encaixo entre suas pernas, me aproximando cada vez mais do seu corpo, mordo seu lábio lhe arrancando um gemido, como eu senti falta disso.

- Há Any, você não sabe a vontade que eu tenho de colocar você nessa mesa e fazer você gozar gemendo meu nome.

Ouço seu suspiro lento e mordisco a pele sensível do seu pescoço.

- Eu preciso ir. - Diz se desfazendo dos meus braços, correndo até a porta, arrumando seu vestido que subiu. - Nos vemos por aí. - Diz ao abrir a porta. - Vai ter volta. - Diz, apontando para mim. Lembre-se, coxe pode ver, tocar mas usar, só quando merecer.

- Mal posso esperar. - Sorrio umidecendo os lábios e Any sai, fechando a porta além seguida.

Me viro, pegando uma das minhas canetas e a jogando para o alto, a pegando no ar.

- É Any, eu também sei jogar.

Sorrio vitorioso, dando a volta na mesa e voltando aos cálculos que fazia, mas agora com um sorriso bobo nos lábios.

Não esqueçam da "⭐" pois ajuda demais e comentem, os comentários me motivam a continuar.💕

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