Jantar • #2

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Assim que Edward chega em sua casa, ele joga a mochila no tapete da sala e vai nos cômodos do primeiro andar para ter certeza que sua mãe ainda não havia chegado. Ele corre para o telefone e pega um papel no seu bolso, discando o número da residência de Richard.

Alô? — Uma voz feminina fala.

Boa tarde! Eu gostaria de falar com... Richie! — Eddie diz, se lembrando do apelido do garoto.

Ok, só um minutinho. Richie, querido, telefonema pra você! — Essa provavelmente devia ser a mãe do menino. — Quem é?

Olá, Tozier!

— Eddie!?

— Como você sabe qual é o meu apelido? — Pergunta inconformado, já que ele não se lembrava de ter dito.

— Longa história! Mas... Como você descobriu meu número?

— Eu tenho os meus truques...

— Pra que você ligou? Achei que não quisesse falar mais comigo...

— Então... Eu andei pensando muito nisso, e decidi lhe dar uma chance!

— Calma, sério!? Tipo, de verdade mesmo?

— Uhum.

— Que legal! — Kaspbrak afasta o telefone da orelha, para não ficar surdo.

Só... Não acha que somos amigos. Estou te dando uma chance para eu te considerar no máximo colega. Não abuse dela e da minha boa vontade, que não é muita!

O menor estava tentando continuar ser mais sério, podemos dizer assim. Já que ele ainda não confiava no maior, pois todos os garotos que ele já teve algum tipo de conversa, o machucaram de alguma forma. Então, por enquanto, o sardento prefere ficar na defesa e não se envolver tanto com essa possível amizade.

Sim. Ok. Claro! Obrigado pela chance... Eds!

— Eds? Não me chame desse jeito, Tozier.

— Qual é? Pode me chamar de Richie mesmo!

— Não estou afim.

— Ok, isso vai ser bem difícil... — Sussurra, quase inaudível.

— Agora preciso desligar, não podem me ver no telefone! — Edward avisa, prestes a desligar.

— Espera! Você não quer o meu número? Sabe, pra ser mais fácil de... Nos comunicarmos!

— Não, obrigado. Eu não possuo um celular...

— Como não? — Solta uma risada nasal, sem acreditar.

Não tendo, oras. Agora chega de perguntas!

— Mas eu-

Eddie desliga o telefone, o colocando de volta no mesmo lugar e indo pegar sua mochila. Só que sua mãe entra em casa no mesmo instante, assustando o garoto, já que ela não deveria ter chegado naquela hora.

— Com quem você estava conversando no telefone? — Ela pergunta, rígida e desconfiada.

— E-era com uma menina que queria ajuda em uma matéria... — Mente.

— Sério? Ela é sua amiga? — A mulher questiona, mudando pra uma feição mais agradável.

— Claro que não. Você já deixou muito claro pra mim que eu não preciso de amigos, só da senhora, mamãe! — Kaspbrak alega, sorrindo desajeitado.

𝔽𝕦𝕔𝕜 ℙ𝕖𝕠𝕡𝕝𝕖 ;; 𝐑𝐞𝐝𝐝𝐢𝐞Onde histórias criam vida. Descubra agora