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Nada passa abatido, descobri com quem aquela mandada foi pro pagode aquele dia, e ainda fiquei sabendo que tava de casal pô dançando pagode juntinho e tudo mais. Mais tá tranquilo ela não é criança e sabe o que faz.
Agora do tal Dg eu quero é distância, já deixei avisado pro Índio que se ele vim cheio de piadinha pro meu lado eu vou descarrega o pente, quero nem saber de onde ele veio e se é dono de morro.
Maya não tá aqui, aquela mandada disse que tava com saudade da garota, achei até que ia ver ela mais nem rolou, porque quem veio buscar a Maya foi a Nina.
Tava de boa na cozinha enquanto dava um grau no fogão.
Te: A casa sem ela é tão ruim né Philipe. -Escuto a voz dela mais nem respondo, contínuo fazendo a minha faxina.
Quando eu acabei e me virei ela tava encostada na geladeira, enxuguei minhas mãos na blusa e fui na intenção de sair da cozinha.
Quando passei por ela, senti ela roçar a bunda no meu pau de propósito.
Filé: Tá doidona filhona? -Falo e dou logo um empurrão nela.
Te: Não precisa disso cara foi sem querer. -Ela até tentar falar de uma forma seria mais é impossível ignorar o deboche nas palavras dela.
Dei as costas e fui pro meu quarto, eu não tô nem maluco de ficar perto dessa mulher.
Deitei na cama e peguei meu celular, tava quase pegando no sono quando chegou uma mensagem e pra minha surpresa era da Nina, já achei logo estranho.
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"Provavelmente ela vai me matar, mais achei que era o certo te avisar, Xamã ficou em casa com as crianças e eu vim pro postinho com a Catarina ela não tá bem, se sentiu mal e desmaiou no banheiro enquanto tomava banho. "
"Qual foi Nina o que tá acontecendo pô? "Nem fala nada, tô indo ai."
Sai do quarto quase que em um segundo, tava procurando a poha da chave da moto que eu não achava de jeito nenhum.
Filé: Ou viu a chave da minha moto? -Ela tava deitada no sofá com o controle na mão mudando de canal sem parar.
Te: Na cozinha Philipe. -Ela fala e aponta pra bancada.
Peguei a chave e sai correndo.
Cheguei no postinho e tava cheio de gente, acho que eu nem desliguei a moto, só larguei ela na porta e entrei.
Não perguntei nada ninguém, só fui entrando no lugar sem nem saber onde eu tava indo.
Até que vi a Nina sentada numa cadeira, perto de uma porta em um corredor que parecia ser o mais vazio.
Filé: Cadê ela pô? -Falo praticamente gritando fazendo ela se assustar.
Nina: Tá aqui dentro fazendo alguns exames Philipe, a gente tem que esperar aqui fora. -Ela fala enquanto guarda o celular dentro da bolsa.
Filé: Tem que esperar nada não pô tá maluca que eu vou deixar ela sozinha, de jeito nenhum. -Falo e vou em direção a porta, mais a Nina segura minha mão.
Nina: Te garanto que se precisasse estar lá dentro com ela eu estaria lá, agora senta aqui e fica quieto. -Ela fala toda calma olhando pra mim.
Mesmo sendo praticamente obrigado eu sentei do lado dela, mulher nervosa pô.
Vi que ela tava se tremendo toda e eu sei que isso só acontece quando ela tá muito nervosa, puxei ela pra perto de mim e ela deitou a cabeça no meu ombro.
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