Bônus

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Maya🍓

Depois de um plantão cansativo no hospital me despeço do jaleco branco, jogando o mesmo na máquina de lavar.

Olho-me no espelho vendo as olheiras profundas em meus olhos e só consigo sorrir.

Maya: Tenho orgulho de você, enfermeira Maya. -Falo alto comigo mesma antes de me jogar na cama.

A regra dos cinco minutos mexendo no celular antes de ir pro banho comigo nunca funciona, porque antes que eu consiga responder minha mãe me deixo levar pelo cansaço acompanhando pela exaustão e as poucas horas de sono.

Limpo a baba no canto da boca e me assusto ao ver que já é de madrugada meus cinco minutos se tornaram quase três horas de sono, me dou por vencida e fecho meus olhos novamente.

Abro meus olhos e por mais uma vez escutar ele me chamar do lado de fora percebo que não é um sonho.

Pego meu celular que por sinal foi parar embaixo do travesseiro e rolo os dedos até a barra de notificações.

Grito colocando o travesseiro em meu rosto não acreditando que ele realmente está do lado de fora.

📲
-mensagem

Breno: Caralho mulher vai me deixar aqui mesmo?

Eu: Sua mulher voltou pro morro Boné e se ela vir atrás de confusão juro que eu vou te encher de porrada.

Breno: Não tenho mulher nenhuma poha, que foi Maya. -áudio

Saio da conversa e bloqueio o celular, essa é a terceira vez na semana que eu não consigo dormir.

Como eu deitei do jeito que eu estava, antes de sair do quarto fui até o meu guarda-roupa e coloquei um pijama qualquer.

Faço um coque no meu cabelo e calço meu chinelo.

Abro a porta e me deparo com ele sentado na calçada enrolado em um cobertor, respiro fundo chamando atenção dele.

Boné: Poha até que enfim já tava desistindo. -Ele fala levantando do chão e vindo até mim.

Maya: Porque não falou antes? -Falo e ele passa por mim, sorrindo como se não fosse um intruso.

Observo ele ascender um cigarro em meu quarto enquanto tentava de todo jeito possível puxar minhas pernas para fazer carinho nelas.

Boné: Você não imagina o quanto eu ralei nesse morro hoje papo reto. -Ele fala tirando a blusa e a arremessando no chão.

Não sei o porquê eu ainda me surpreendo com as atitudes dele.


Boné: Me conta como foi seu dia, qual foi vai ficar me ignorando? -Ele fala levando as mãos até os meus pés fazendo carinho neles.

Antes que eu fale algo o celular dele vibra em cima da minha cama e um contato não salvo está ligando.

Olho com deboche às inúmeras mensagens dela, na barra de notificações e antes que ele consiga pegar sou mais rápida e levanto o braço para cima com o celular na minha mão.

Maya: E se eu atender e pedir para ela vir até aqui lhe buscar? -Falo na expectativa de deixar ele nervoso mais para minha surpresa ele solta uma risada rouca.

Boné: Vai passar vergonha ai pô. -Ele fala tirando a arma da cintura e colocando em cima da minha penteadeira. Se você não atender eu atendo. -Ele estica a mão na minha direção e eu entrego o celular, e noto que depois de não consegui ser atendida a pessoa do outro lado insistia ligando mais uma vez.

Maya: Eu não sei porque deixei você entrar, saí logo daqui. -Falo apontando na direção da porta, ele leva o dedo na boca e me pedi pra ficar em silêncio.

Boné: Eu ia atender mais não deu tempo então eu vou gravar um áudio, não me liga mais pô, segue teu rumo. -Ele fala e joga o celular na cama.

Eu estou em pé olhando pro mesmo que em um movimento rápido passa os braços ao redor da minha cintura e me derruba na cama.

Maya: Não insiste Breno eu tô falando sério por favor vai embora. -Falo e dessa vez não vejo ele sorrir, ele me solta e cruza os braços.

Boné: Qual foi Maya você gosta de alguém? Tem outro mexendo com a sua mente? -Ele fala ficando com os olhos pequenos mais sem perder a marra.

Demoro pra responder e vejo ele respirar fundo enquanto olha pra mim, dou de ombros o que faz ele levantar o dedo fazendo um "joia".

Maya: Os meninos que você manda me vingar não estão cumprindo a missão? -Falo parando na frente dele que me fuzila com os olhos. Ainda quer que eu responda?

Boné: Se fude Maya papo reto. -Ele praticamente grita as palavras jogando-as, no ar antes de passar por mim, batendo a porta do meu quarto.

Olhos pras coisas dele que ficaram no quarto e seguro a minha vontade de da risada.

E eu também sei que ele não foi embora porque não ouvi a porta da sala ser fechada, tenho certeza que ele está na cozinha assaltando minha geladeira ou a minha despensa.

Apago a luz e me deito na cama, conto mentalmente até dez antes de ouvir a porta do quarto se abrir lentamente.

Boné: O que te impede de dá uma chance pra nós dois pô? -Ele fala e logo eu sinto a cama se afundar.

Maya: Antes que eu me arrependa deita logo, me deixa dormir pelo menos uma noite. -Falo e abro meus olhos olhando pra ele.

Boné: Não prometo me comportar.

Prendo o riso ao ver ele fazer uma dancinha antes de se deitar.

Boné: Você vai voltar a ser minha e isso não vai demorar muito, abraço o papo. -Ele sussurra no meu ouvido fazendo meu corpo se arrepiar.

Imagina se ele descobre o que apenas com a voz, ele é capaz de fazer comigo.

Sinto ele passar o braço ao redor da minha cintura.

Me afasto rapidamente o que é inútil já que o mesmo me puxa com força pra perto de novo.

Isso não pode e não vai acontecer de novo, ele nunca mais vai me ter de volta.

Isso não pode e não vai acontecer de novo, ele nunca mais vai me ter de volta

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Um bônus simples para vocês! 🦋

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Sᴏʙʀᴇ ɴᴏ́sOnde histórias criam vida. Descubra agora